VIANA, Nildo. A Mercantilização das Relações Sociais. Modo de Produção Capitalista e Formas Sociais Burguesas. Rio de Janeiro: Ar Editora, 2016.
Abaixo material da orelha, contracapa, sumário e textos complementares:
Contracapa:
A mercantilização das relações sociais é um fenômeno real e
concreto que atinge todos os indivíduos na sociedade moderna. Apesar de ser
“invisível” para algumas pessoas, ela é uma imposição social aos indivíduos.
Esses, quer queiram ou não, precisam adquirir mercadorias e consumar mercancias
para sobreviver na atual sociedade, bem como utilizar o cálculo mercantil.
Nesse sentido, a sobrevivência humana deixou de ser apenas um processo de
relação com a natureza para extrair os bens materiais necessários para ser um
processo mediado por uma criação humana que é a mercantilização das relações
sociais. O alimento, a habitação, os móveis, as roupas, são mercadorias e por
isso trazem a necessidade do dinheiro. E cada vez mais, a cultura, a tecnologia
e até mesmo os seres humanos (tráfico de órgãos e pessoas, venda de órgãos,
etc.) são mercantilizados, o que tem impacto sobre a produção cultural, as
ideologias, etc.
O presente livro traz uma abordagem do processo de
mercantilização mostrando suas fontes, características, efeitos, entre outros
aspectos. Indo além da aparência do fenômeno, tal como se observa nas
concepções fetichistas do mercado, coloca suas raízes sociais e históricas e
mostra os seus elementos fundamentais e como isso atinge a cultura na sociedade
capitalista. A obra assume importância fundamental, pois a compreensão
aprofundada da sociedade capitalista, indo além das aparências, requer a
compreensão do processo de mercantilização das relações sociais. O presente
livro realiza esse processo analítico e assim contribui para o avanço da
compreensão da sociedade moderna.
Orelha
Os indivíduos em nossa sociedade se
julgam livres. O que a maioria não percebe é que a liberdade é mediada pelo
dinheiro. O direito de ir e vir, por exemplo, depende do dinheiro para se
concretizar. Todos possuem esse direito, mas somente alguns podem viajar para a
França, enquanto milhares tem dificuldade de pagar a passagem do transporte
coletivo para ir de um bairro para outro numa mesma cidade. Trata-se de uma
liberdade ilusória, pois o dinheiro e outras determinações sociais
relacionadas, como a burocracia, impedem sua efetividade. O dinheiro, por sua
vez, é um derivado das necessidades do modo de produção capitalista. O uso
generalizado do dinheiro, por sua vez, é produto do processo de mercantilização
das relações sociais, no qual tudo se transforma em mercadoria ou mercancia. A
compreensão da sociedade moderna requer a percepção do fenômeno da
mercantilização.
A mercantilização das relações
sociais invade a vida cotidiana e o presente livro mostra justamente esse
processo e sua gênese, que se encontra no modo de produção capitalista. O ponto
de partida é a contribuição de Marx e sua teoria do capitalismo e uma discussão
sobre como o modo de produção capitalista atinge as formas sociais
(“superestrutura”) e para tal, os conceitos de mercancia, cálculo mercantil,
entre outros, são desenvolvidos para mostrar esse processo concretamente, contribuindo
assim para uma análise mais ampla da sociedade atual.
Textos Complementares:
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