VIANA, Nildo. Inconsciente Coletivo e Materialismo Histórico. 2a edição, rev. e ampl. Florianópolis: Bookess, 2015.
Texto de apresentação:
O presente livro coloca em discussão o conceito de inconsciente coletivo, elaborado pelo psicanalista Carl Gustav Jung. Após analisar a concepção junguiana e de Erich Fromm, outro psicanalista, que trabalhou com o conceito de inconsciente social (equivalente ao de inconsciente coletivo), o autor realiza uma crítica à posição destes dois autores e apresenta uma ressignificação do conceito de inconsciente coletivo a partir da concepção materialista da história. Para fazer isso, rediscute, numa perspectiva marxista, alguns conceitos básicos da psicanálise (inconsciente, sublimação, deslocamento, etc.) e a partir de uma ressignificação de determinados conceitos, aponta para uma nova concepção de inconsciente coletivo e de outros fenômenos psíquicos, realizando a crítica de teses como a da existência de um instinto de morte, expressando a tese de que a agressividade, o ódio, os desequilíbrios psíquicos, não são instintuais e sim produtos da repressão. Ainda avança numa concepção de universo psíquico no qual o excesso de repressão (mais-repressão) gera energia destrutiva (sombra) e construtiva (persona), que se distinguem do inconsciente. Assim, a obra apresenta uma abordagem marxista do inconsciente e do inconsciente coletivo.
Texto da Contracapa:
A psicanálise, através de Freud, realizou
a descoberta fundamental do inconsciente. Outras contribuições, de Freud e seus
continuadores, foram oferecidas pela psicanálise. Contudo, as limitações
teórico-metodológicas e valorativas acompanharam o desenvolvimento da
psicanálise e lhe gerou várias limitações. A partir do materialismo histórico é
possível superar estes limites e a presente obra objetiva justamente contribuir
com esse processo de suplantação da psicanálise. E, nesse contexto, uma
ressignificação do inconsciente e do inconsciente coletivo, ao lado de uma nova
percepção do universo psíquico do indivíduo, tornam-se necessárias. Assim,
partindo da reflexão sobre o inconsciente coletivo e das contribuições
psicanalíticas, o presente livro apresenta o projeto de psicanálise social, ou
seja, materialista, histórica, proletária, revolucionária, a única psicanálise
possível, superando os limites da consciência burguesa.
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