O RUPTURA - ESPAÇO CULTURAL e o GPDS (Grupo de Pesquisa Dialética e Sociedade), da UFG, promovem o minicurso "O Faroeste - O Filme como Manifestação do Social", nos dias 10, 17, 24 de agosto.
Minicurso: O Faroeste - O Filme como Manifestação do Social.
Ministrante: Dr. Nildo Viana/UFG.
Promoção: Ruptura - Espaço Cultural e GPDS/UFG.
Carga Horária: 16 horas.
Data: [Quinta-feira] 10, 17, 24 de Agosto.
Horário: 19:00 - 22:30.
Local: Ruptura - Espaço Cultural.
Valor da Inscrição: R$ 20,00*
Período de Inscrição: Até dia 06 de agosto.
Número de vagas: 30.
Inscrição: fazer pré-inscrição para ver se tem vaga e, depois da confirmação de vaga, enviar comprovante de pagamento, nome completo, instituição de estudo ou trabalho, para o email locusincricoes@gmail
*A taxa de inscrição deve ser realizada via depósito ou transferência para a seguinte conta:
Caixa Econômica Federal
Agência: 1575
CC: 49398-0
André de Melo Santos
APRESENTAÇÃO
O Faroeste sempre foi considerado um gênero menor e inferior dentro da
produção cinematográfica. Ele, inclusive em seu período considerado clássico,
na segunda metade do século XX, foi recusado por todas as classes sociais e sua
comercialização e divulgação foi devido ao fato da indústria cinematográfica
vender, na época, pacotes que ao lado dos filmes de sucesso incluíam os
chamados “western” (PROKOP, 1986).
Porém, o faroeste sobreviveu e se tornou um sucesso a partir dos anos
50-60 e foi reforçado principalmente com a vertente mais fantástica expressa no
chamado “western-spaghetti”, o
faroeste italiano. Os filmes dirigidos por Sérgio Leone se tornaram verdadeiros
clássicos do cinema, bem como os filmes dirigidos por Damiano Damiani, Sérgio
Corbucci, entre outros. Porém, junto com o sucesso vem a produção mercantil e
em série, e as cópias mal feitas invadiram o mercado e a violência gratuita
substituiu o contexto social e político das produções anteriores, fazendo o
faroeste italiano cair em descrédito.
Já no final dos anos 1950, André Bazin, considerado um dos principais
teóricos do cinema, começou a recuperar o faroeste como objeto de estudo.
Através de seu livro O Que é o Cinema?,
no qual dedicou um capítulo exclusivo ao faroeste, ressaltando suas qualidades,
tornou este gênero cinematográfico digno de estudos e pesquisas, tal como a
obra posterior de Rieupeyrout, que retoma o título do capítulo do livro de
Bazin e é prefaciado por este. A partir daí, alguns clássicos, como filmes de
John Ford e outros cineastas, passaram a receber estudos e artigos da crítica
cinematográfica. Algumas outras obras foram produzidas sobre o gênero faroeste.
Porém, nestes estudos o foco é ou a história do western ou a descrição,
enquanto que as obras analíticas se limitam ao enredo e em poucos casos
ultrapassa o formalismo. Daí a necessidade de uma sociologia do filme de
faroeste, visando demonstrar que tais obras cinematográficas são produtos
sociais e históricos e, ao mesmo tempo, que elas manifestam o social. O foco do
minicurso “O Faroeste, O Filme como Manifestação do Social” é este segundo
aspecto e que está intimamente entrelaçado com o primeiro aspecto.
A sua relevância reside na busca de compreensão teórica de uma produção cultural
tão distante da realidade contemporânea, ambientado em outra época, e como ela revela
e manifesta as relações sociais da sociedade moderna, o que ajuda a compreender
determinadas obras cinematográficas e a sociedade que a produz.
Além disso, o curso tende a incentivar a discussão teórica sobre o cinema
e seus gêneros, e o faroeste mais especificamente, possibilitando fazer avançar
a pesquisa e o ensino sobre cinema na perspectiva crítica, além de poder
integrar pesquisadores e estudantes. Também contribui para uma percepção mais
ampla do cinema e do faroeste, abrindo espaço para interlocução e
desdobramentos futuros.
Ementa:
Os Gêneros Cinematográficos. O Faroeste e sua especificidade. O gênero
e suas variações. A literatura sobre o faroeste. O filme como reprodução
intencional e inintencional da realidade social. A produção social do filme. Valores,
cultura, ideologemas manifestados no filme. Filme e Valores. Mudanças sociais e
mudanças no faroeste. Faroeste e crítica social.
1º encontro:
Quinta-Feira: Dia 10 de agosto
Unidade I: Introdução à Sociologia do Faroeste
1.1. Os Gêneros
cinematográficos.
1.2. Gênero, história e
variações.
1.3. O gênero faroeste.
2º encontro:
Quinta-Feira: Dia 17 de agosto
Unidade II: Faroeste e Sociedade
2.1. Filme e Reprodução da Realidade Social.
2.2. O Filme na Realidade.
2.3. A Realidade no Filme.
3º encontro:
Quinta-Feira: Dia 24 de agosto
Unidade III: Faroeste e História
4.1. Breve História do Faroeste
4.2. Mudanças Sociais e mudanças no Faroeste.
4.3. O Western
e a Crítica Social.
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