- Primeira tentativa de revolução e autogestão de trabalhadores, a Comuna de Paris (1871) foi recebida com entusiasmo pelos mais famosos teóricos do comunismo e do anarquismo: de Marx e Bakunin a Kropotkin, Rosa Luxemburgo, Kautsky, Lênin, Trotsky, Korsch e Lefebvre. Ainda hoje, historiadores e sociólogos se dedicam ao estudo daquele acontecimento, que terminou com um banho de sangue: foram 20 mil operários fuzilados. Apesar da derrota e do fim trágico, o episódio se tornou uma das mais persistentes fontes de inspiração de movimentos contestadores. Entender a Comuna de Paris é entender um dos capítulos mais importantes da modernidade e dos movimentos operário e comunista.O desenvolvimento industrial emergente na França, especialmente em Paris, formava uma classe operária em convivência com vários outros trabalhadores do campo e da cidade, como camponeses, artesãos e comerciários. Ao mesmo tempo, a constituição do Estado bonapartista, o regime monárquico instaurado pelo golpe de Estado por Napoleão III (1852-1870), criou uma enorme máquina burocrática. As péssimas condições de trabalho, a intensa exploração dos trabalhadores e as formas precárias de vida geravam crescente insatisfação. Na época, o movimento e a cultura socialista já tinham grande presença nos meios operários, e sua proposta de transformação social provocava temor entre os poderosos.Em julho de 1870, eclodiu a guerra franco-alemã, fruto de uma disputa antiga entre os grandes impérios francês e prussiano, em batalhas que bateram às portas de Paris. A força superior dos alemães e sua vitória iminente levaram à capitulação do governo francês. A população parisiense, no entanto, ergueu-se em resistência por meio da guarda nacional e de outros setores, tais como os operários, que receberam armas para enfrentar o exército inimigo. Esse processo ficou conhecido, através da pena de Karl Marx, como “o povo em armas”. A partir de então, os trabalhadores não apenas organizaram milícias operárias, como também começaram a tarefa de reorganizar a sociedade por conta própria, sem um aparato burocrático central comandado por dirigentes estatais. Era o processo de abolição do Estado e de autogestão da cidade de Paris.Leia o texto completo na edição de novembro, nas bancas.
- http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/a-cidade-sem-estado
Rádio Germinal
RÁDIO GERMINAL, onde a música não é mercadoria; é crítica, qualidade e utopia.
Para iniciar clique em seta e para pausar clique em quadrado.
Para acessar a Rádio Germinal, clique aqui.
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
A Cidade sem Estado - Revista de História, Biblioteca Nacional
A cidade sem Estado
Durante dois meses, a Comuna de Paris envolveu 1 milhão de habitantes em práticas de autogestão generalizada
Nildo Viana
1/11/2015
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
A Esfera Científica no Cinema
|
Marcadores:
análise,
burocracia,
capital,
Cinema,
Competição.,
Esfera Científica,
Esferas Sociais,
Sociologia do Cinema
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
Inconsciente Coletivo e Materialismo Histórico, nova edição, revista e ampliada
VIANA, Nildo. Inconsciente Coletivo e Materialismo Histórico. 2a edição, rev. e ampl. Florianópolis: Bookess, 2015.
Texto de apresentação:
O presente livro coloca em discussão o conceito de inconsciente coletivo, elaborado pelo psicanalista Carl Gustav Jung. Após analisar a concepção junguiana e de Erich Fromm, outro psicanalista, que trabalhou com o conceito de inconsciente social (equivalente ao de inconsciente coletivo), o autor realiza uma crítica à posição destes dois autores e apresenta uma ressignificação do conceito de inconsciente coletivo a partir da concepção materialista da história. Para fazer isso, rediscute, numa perspectiva marxista, alguns conceitos básicos da psicanálise (inconsciente, sublimação, deslocamento, etc.) e a partir de uma ressignificação de determinados conceitos, aponta para uma nova concepção de inconsciente coletivo e de outros fenômenos psíquicos, realizando a crítica de teses como a da existência de um instinto de morte, expressando a tese de que a agressividade, o ódio, os desequilíbrios psíquicos, não são instintuais e sim produtos da repressão. Ainda avança numa concepção de universo psíquico no qual o excesso de repressão (mais-repressão) gera energia destrutiva (sombra) e construtiva (persona), que se distinguem do inconsciente. Assim, a obra apresenta uma abordagem marxista do inconsciente e do inconsciente coletivo.
Texto da Contracapa:
A psicanálise, através de Freud, realizou
a descoberta fundamental do inconsciente. Outras contribuições, de Freud e seus
continuadores, foram oferecidas pela psicanálise. Contudo, as limitações
teórico-metodológicas e valorativas acompanharam o desenvolvimento da
psicanálise e lhe gerou várias limitações. A partir do materialismo histórico é
possível superar estes limites e a presente obra objetiva justamente contribuir
com esse processo de suplantação da psicanálise. E, nesse contexto, uma
ressignificação do inconsciente e do inconsciente coletivo, ao lado de uma nova
percepção do universo psíquico do indivíduo, tornam-se necessárias. Assim,
partindo da reflexão sobre o inconsciente coletivo e das contribuições
psicanalíticas, o presente livro apresenta o projeto de psicanálise social, ou
seja, materialista, histórica, proletária, revolucionária, a única psicanálise
possível, superando os limites da consciência burguesa.
Para adquirir, clique aqui.
Marcadores:
capitalismo,
Energia,
inconsciente,
Inconsciente Coletivo,
marxismo,
materialismo histórico,
persona,
Psicanálise,
sombra,
universo psíquico
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
As Esferas Sociais - A Constituição da Divisão Capitalista do Trabalho Intelectual
VIANA, Nildo. As Esferas Sociais. A Constituição Capitalista do Trabalho Intelectual. Rio de Janeiro: Rizoma, 2015.
Da Introdução:
A sociedade capitalista é extremamente complexa. Ao ampliar
a divisão social do trabalho sob intensidade nunca vista antes na história da
humanidade, expandiu, igualmente a especialização e as subdivisões. A presente
obra visa abordar um dos aspectos dessa divisão social do trabalho e faz parte
de um projeto de análise das formas sociais burguesas. Por conseguinte, o seu
objetivo é analisar a divisão social do trabalho intelectual no capitalismo,
que faz parte das formas sociais e, portanto, contribui com a compreensão de um
de seus componentes fundamentais. Trata-se das esferas sociais, que já foram
denominadas por outras formas, mas que sempre se referiu a um certo conjunto de
relações sociais que constituem o fenômeno que assim denominamos.
As esferas sociais surgem com o capitalismo. É parte das
formas sociais burguesas. Essa parte das formas sociais possui especificidade,
pois é um lugar de trabalho especializado, mas está inserido no seu interior e
no conjunto da sociedade moderna. Desta forma, o presente trabalho visa apontar
para uma análise de suas especificidades e relações internas, mas também para
sua relação com o conjunto da sociedade, mostrando que não são autônomas e sim determinadas
e que fazem parte do capitalismo, exercendo uma função reprodutiva do mesmo. No
entanto, aqui buscamos evitar dois equívocos, o reducionista e o isolacionista.
[...]
O objetivo do presente livro é, portanto, superar os dois
equívocos e apresentar uma concepção diferenciada de esferas sociais, parte das
formas sociais, e cuja compreensão é fundamental para uma análise mais ampla do
capitalismo e da produção cultural no seu interior. Para realizar esse
processo, é necessário analisar a relação entre capitalismo e esferas sociais. O
passo seguinte é analisar o que são as esferas sociais e sua dinâmica interna,
para, por fim, analisar suas relações com o capital, o Estado e as lutas de
classes. O resultado esperado, para usar terminologia acadêmica, é uma
compreensão mais profunda das esferas sociais e sua relação com a sociedade
capitalista. Se o resultado foi alcançado, isso cabe ao leitor dizer. Assim,
resta o veredicto da leitura.
Sobre as esferas sociais:
As Esferas Sociais, denominadas como "campo" por Bourdieu e por "esferas", por Weber, são concebidas nessa obra como subdivisões da classe intelectual, formando suas frações de classe, tal como a esfera artística, a esfera científica, a esfera técnica, a esfera jurídica, a esfera religiosa, entre outras. A divisão social do trabalho, tal como teorizada por Marx, é o elemento fundamental para explicar as esferas sociais. O livro analisar as diversas esferas em sua dinâmica interna e em sua relação com a totalidade das relações sociais.
Resenha:
Para ler resenha deste livro, clique aqui.
Sumário
Introdução
Capitalismo e Esferas Sociais
As Esferas Sociais
A Dinâmica das Esferas Sociais:
Hierarquia e Competição
A Dinâmica das Esferas Sociais: Os Mecanismos
de Competição
A Formação das Esferas Sociais
Capital e esferas sociais
Estado e esferas sociais
Esferas sociais e lutas de classes
Considerações Finais
Referências
Para adquirir, clique aqui.
Veja textos sobre esferas ou subesferas específicas:
Outras obras sobre esferas sociais:
http://redelp.net/ revistas/index.php/rel/ article/viewFile/177/189
[Marx e a Esfera Científica].
http:// informecritica.blogspot.com .br/2016/08/ a-esfera-cientifica-no-cine ma.html
[A Esfera Científica no Cinema].
https://www.amazon.com/ ESFERA-ARTÍSTICA-Portuguese -Nildo-Viana-ebook/dp/ B00G3DGCQY
[A Esfera Artística]
http://redelp.net/ revistas/index.php/rsr/ article/view/5viana3/17
[A formação da Esfera Artística]
http://redelp.net/
[Marx e a Esfera Científica].
http://
[A Esfera Científica no Cinema].
https://www.amazon.com/
[A Esfera Artística]
http://redelp.net/
[A formação da Esfera Artística]
Marcadores:
Bourdieu,
capitalismo,
competição social,
esfera artística,
Esfera Científica,
Esferas Sociais,
hierarquia,
Karl Marx,
Weber
Assinar:
Postagens (Atom)