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quarta-feira, 19 de agosto de 2009
História Social do Cinema além da descrição
VIANA, Nildo. A Concepção Materialista da História do Cinema. Porto Alegre, Asterisco, 2009.
TEXTO DA ORELHA:
A maioria das obras de história do cinema possui limites que precisam ser superados, tal como seu caráter descritivo, que consiste em elencar nome de filmes, diretores e outros detalhes, sem maior aprofundamento e geralmente tendo por base uma ideologia cinematográfica. A historiografia tradicional do cinema também é descritiva e pouco contribui para um entendimento das mutações do processo de produção dos filmes e dos conteúdos veiculados por eles, tal como a abordagem formalista, que é ahistórica. Os poucos estudos influenciados pelo marxismo sobre o cinema padecem de problemas metodológicos e teóricos devido a influência da teoria do reflexo de Lênin e da estética realista derivada dela. Neste contexto, torna-se necessário discutir as bases teórico-metodológicas para uma história do cinema que ultrapasse a mera descrição, o formalismo e os demais problemas interpretativos. O materialismo histórico fornece o método e teoria necessários para superar tais limites. As categorias de totalidade e determinação fundamental e os conceitos de capitalismo, luta de classes, ideologia, entre outros, são a chave para a produção de uma reconstituição histórica do cinema tendo por base o materialismo histórico. A presente obra discute a relação entre história e cinema, apresentando uma crítica da historiografia do cinema e apresentando as bases teórico-metodológicas para uma história social do cinema e exemplifica este procedimento analisando o expressionismo cinematográfico alemão.
Leia o prefácio de Jean Isídio dos Santos clicando aqui.
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