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domingo, 29 de abril de 2012

Em Defesa de Marconi Perillo




EM DEFESA DE MARCONI PERILLO
Nildo Viana

Assistindo vídeo no Youtube, é possível ouvir a palavra de ordem “Marconi, a culpa é sua” durante a primeira manifestação “Fora Marconi”. Será mesmo? Culpa do quê? Da corrupção? Ora, o governador Marconi Perillo não é culpado da corrupção. É necessário deixar isso bem claro e pensar nas palavras de ordem, para não cometer injustiças. Qualquer manifestação pública deve ser incentivada e se há corrupção ou qualquer outro problema coletivo, então se justifica manifestar, contestar, criticar. Contudo, não podemos culpar pessoas inocentes. É isso que temos que discutir, a suposta culpabilidade do governador estadual.
Marconi Perillo não criou a corrupção. A corrupção é uma relação social, típica da sociedade capitalista, embora tivesse formas e manifestações em sociedades anteriores. A corrupção política, mais especificamente, é considerada suborno, intimidação, extorsão, abuso de poder. O governo Marconi Perillo, sem dúvida, realizou abuso de poder e certamente realizou outros elementos apresentados acima como sendo corrupção, acrescentando a financeira. Logo, é possível dizer que Marconi Perillo e seu governo estão envolvidos em atos de corrupção. O que não é possível dizer é que ele é o culpado, pois isso vai muito além deste indivíduo, por mais que ele tenha poder. Ele não estava sozinho, milhares de outras pessoas estão envolvidas e fizeram o mesmo. Ninguém governa ou faz corrupção no governo sozinho. O pequeno bebê chamado Marconi, quando nasceu, não era corrupto. Era tão-somente uma criança inocente e assim permaneceu por algum tempo, até ir sendo socializado, tendo sua mente e valores formados por esta sociedade, sendo envolvido em relações sociais e tendo um conjunto de pessoas ao seu lado e com as mesmas tendências. Ele se tornou corrupto. E por qual motivo se tornou corrupto? Por que a mentalidade dominante em nossa sociedade é a burguesa, a que supervalora o dinheiro, o poder, o status, etc. Ele foi formado, como tantos outros indivíduos, nessa sociedade e para essa sociedade. As suas ações e concepções não são criações fantásticas criadas por um indivíduo criativo, autônomo, livre. Se o bebê Marconi tivesse nascido na tribo Yanomami, não seria corrupto.
Porém, como emerge uma determinada mentalidade e como, em determinada sociedade ela se torna dominante? Eis outra questão para não ficarmos no meio do caminho. A mentalidade é produzida socialmente. Ele expressa relações sociais existentes de uma determinada época e lugar. É uma sociedade na qual tudo se transforma em mercadoria (alimentos, habitação, vestimenta, etc.), inclusive o próprio corpo humano. É uma sociedade na qual o dinheiro se torna fundamental para a sobrevivência e passa a ser supervalorado e a competição se torna algo estrutural (todos estão competindo contra todos, pelo dinheiro, poder, status, mas também para passar no vestibular, conseguir emprego ou melhor remuneração ou cargo, para conseguir mercado consumidor, para conseguir relações amorosas, etc. É uma sociedade marcada pela burocratização crescente, onde grandes organizações hierarquizadas com seus dirigentes buscam controlar o conjunto das pessoas e garantir seus objetivos, geralmente lucro ou reprodução do poder. Essas são relações sociais capitalistas marcadas pela competição, mercantilização e burocratização que geram uma mentalidade que é hegemonicamente burocrática, mercantil e competitiva. Isto está presente no processo socialização na família, na escola, nos meios de comunicação. Os desenhos animados, os filmes, os esportes, a arte e a vida cotidiana como um todo manifesta isso. Os indivíduos introjetam tais relações sociais em sua mente. Isso cria representações que naturalizam e eternizam isso (como se fosse da “natureza humana”) essas relações, surgem ideologias científicas e filosóficas que fazem o mesmo. A mentalidade dominante é produzida por essas relações sociais e ao mesmo tempo as reforça. Essas relações sociais não só geram essa mentalidade como pressiona e cria uma aparência de verdade para ela.
A corrupção está envolvida num conjunto de relações sociais. Uma sociedade burocrática, mercantil, competitiva, na qual certos valores são secundarizados (solidariedade, honestidade, etc.) e outros são supervalorados (riqueza, poder, fama, etc.) para se conseguir vencer a competição. Marconi Perillo criou tudo isso? Não, ele é mais um produto do que um produtor. Um reprodutor de determinadas relações sociais. Logo, a culpa não é dele.
A corrupção tem raízes sociais mais profundas e não é trocando um corrupto por outro (supostamente não corrupto, até que se prove o contrário...) que se resolve a questão, nem tampouco abstraindo isso e julgando que o problema é de um indivíduo, que é culpa, por exemplo, de Marconi Perillo. Inclusive é muita ingenuidade pensar que só houve corrupção no Governo Marconi (e nessa gestão...), que não há corrupção no governo federal, municipal, etc. A corrupção é algo comum e generalizado em todos os governos de nossa sociedade. O que muda é o grau e a visibilidade da corrupção. Sendo assim, a culpa, definitivamente, não é do Marconi.
Então, o que se deve fazer, já que a corrupção é comum e generalizada? É comum e generalizada, mas não é universal, natural e eterna. E se existem valores e concepções distintas, se existe insatisfação da população, então é preciso agir contra isso. Porém, não pode ser uma ação ingênua e que não resolve realmente a questão. Tanto faz tirar Fernando Collor – que foi um corrupto incompetente que deixou visível sua corrupção, assim como Lula e que, ao contrário deste, não tinha bases de apoio sólidas, fortes alianças partidárias, meios de comunicação a favor, etc. e colocar outro corrupto mais discreto, e o mesmo vale para o caso do Marconi Perillo e qualquer outro governador de Goiás. Sem dúvida, dizer que Marconi não é culpado da corrupção não significa dizer que ele não tem nada a ver com isso e sim que ele é responsável pela corrupção que ele fez, tal como em todos os outros casos. Nesse sentido, a palavra de ordem está correta e a culpa é do Marconi. A questão é que se não quisermos apenas ter mais um bode expiatório cujo sacrifício nada irá mudar realmente, é preciso propor algo mais que simplesmente “fora Marconi” ou dizer que a culpa é dele.
Para abolir a corrupção e os corruptos, é necessária uma transformação social radical, uma alteração não em quem está no governo, ou mesmo na forma de governo. A troca de indivíduos no poder nada resolve, nem a troca de grupos inteiros. Da mesma forma, mudar a forma de governo, seja mudança mais moderada ou mais radical (presidencialismo ou parlamentarismo, ou monarquia, ou ditadura...) nada altera nesse quadro. A mudança necessária passa pela alteração da relação entre sociedade civil e Estado e na própria esfera da sociedade civil. O Estado não passa de uma “excrescência parasitária” (Marx), um produto da sociedade civil que busca se autonomizar, gera seus próprios interesses, cria uma burocracia estatal numerosa e com o interesse de se autoperpetuar e ampliar quantitativamente. Ele não produz nada e suga da sociedade civil as riquezas produzidas pela classe trabalhadora e ainda serve aos interesses da classe dominante. Logo, esta excrescência parasitária deve deixar de existir e em seu lugar a própria população se autogovernar. Para isso acontecer, é necessário uma transformação radical no conjunto das relações sociais, na própria sociedade civil, instaurando um novo modo de produção, nova sociabilidade, nova mentalidade. Em poucas palavras, isso seria uma revolução social que instauraria a autogestão social.
Porém, muitos diriam nesse momento: isso é uma utopia. Sim, é uma “utopia concreta” (Ernst Bloch), ou seja, realizável. Contudo, para chegar até lá muitas lutas terão que ser travadas e nessas lutas algumas relações sociais começarão a se alterar, novas ideias e valores se fortalecerão, e nesse conjunto o que hoje parece distante se tornará mais próximo e na percepção das pessoas, mais exequível.
Enquanto não se chega a esse momento, então devemos cruzar os braços e deixar tudo como está? A resposta é negativa. Hoje devemos já lutar e buscar construir as bases dessa transformação social radical e para tanto é preciso superar os limites mentais que pensam a impossibilidade da autogestão social, entre diversas outras coisas. No entanto, é preciso também compreender e criticar a realidade atual, inclusive a corrupção e os corruptos. Mas além de criticar e compreender, é necessário também agir. A ação expressa nas manifestações do “Fora Marconi” é importante, pois coloca em evidência uma recusa da corrupção e dos valores associados a ela, apresenta traços de luta que cria uma efervescência contestadora e que pode se ampliar para ir além, e questionar as raízes da corrupção, e coloca a necessidade de projetos alternativos, realiza uma pressão popular diante dos governos e que mostra sua capacidade mobilizadora e contestadora, o que faz com que os governos e corruptos em geral fiquem na defensiva.
Um projeto alternativo de sociedade é necessário e propostas concretas sobre a questão da corrupção também são necessárias. Daí ser necessário ir além do “Fora Marconi” e exigir mais e propor não somente a saída de um governador e sua troca por outro, mas exigir formas de controle da sociedade civil sobre o Estado e outras instituições, novas formas de participação e pressão, uma cultura de manifestações, mas também de auto-organização da população em locais de moradia, trabalho, lazer, estudos. É fundamental fortalecer a sociedade civil através da auto-organização para garantir não só o combate constante à corrupção, mas também para impedir o abuso de poder, a repressão ilegítima dos movimentos sociais e da classe trabalhadora. Isso nada tem a ver com o discurso neoliberal de responsabilizar a sociedade civil pelas ações que seria do Estado ou de ONGs, outras fontes de corrupção e que mantém “relações perigosas” com o Estado, e sim iniciativa autônoma da população, auto-organização, organizações de base. E estas seriam “escolas” para uma futura transformação muito mais radical, criando um mundo novo e sem corrupção e todos os males produzidos pela sociedade capitalista.
Não é difícil imaginar, hoje, milhões de inocentes “bebês Marconi” engatinhando e vivendo ingenuamente. É possível prever que estes milhões de crianças serão formados e logo estarão como o atual governador do Estado de Goiás, alguns por estarem no poder, realizando a mesma prática. Assim, combater a corrupção e defender “fora Marconi” é importante. Também defender o “fora Marconi” na mente das crianças de hoje é fundamental e para isso é preciso combater os valores dominantes, a mentalidade dominante, não fazer de conta que não existe corrupção em toda a parte e instituições, como partidos, escolas, universidades, igrejas, empresas, sindicatos. É parar de se omitir, de fazer de conta que ela não existe, e começar uma prática de enfrentamento e luta contra a corrupção não apenas onde é relativamente cômodo fazer (o governo), mas também na sua base, e se indignar contra as injustiças cotidianas. As manifestações “fora Marconi” indo além de protestos nas ruas, mas também realizando um processo de reflexão crítica e buscando criar formas de constante auto-organização, de fiscalização, de politização e desenvolvimento da consciência, inclusive daqueles com pouco acesso às informações e certas produções culturais, são parte de um processo mais amplo de constituição do novo e de superação do velho. O bebê Marconi de ontem e adulto de hoje é expressão do velho. As crianças de hoje devem ser expressão do novo e para isso ocorrer é preciso realizar estas e outras ações, pois sem isso apenas mudarão os nomes: “fora Collor”, “fora Sarney”, “fora Marconi” e os pobres bebês de hoje que puderem, serão os Collors e Marconis de amanhã (às custas de milhões de outros pobres bebês que não terão essa “chance”) e nenhuma transformação substancial ocorrerá.

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8 comentários:

  1. Gostei do texto... agora tenta convencer alguém a ir pra rua e, fundamntado na lógica que você descreve no texto, pedir pro Marconi sair...Infelizmente, veja bem infelizmente, nos dias atuais teoria não faz realidade.

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  2. Renato, o movimento contra Marconi já existe, o que busquei fazer no texto é ampliar o debate e politizar a questão, mostrando que o processo é mais profundo e que a mera substituição do governador não vai alterar nada de fundamental, inclusive as bases sociais da corrupção e da formação de indivíduos e relações sociais.

    A teoria nunca fez a realidade, mas faz parte dela e pode influenciá-la, faz parte da luta pela transformação social.

    Abraços!

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    1. A ilusão de retirar políticos poderia ser analisada fora do Brasil, quantos ministros são depostos em regimes parlamentares ou mesmo no presidencialismo, quantas pessoas votam achando que esse fato muda a perspectiva histórica? Realmente o problema e o Estado , não é possível transformar esse em algo bom, ou positivo para classe trabalhadora, somente a aniquilação desse e do sistema capitalista levara a formas de auto-organização mais solidarias. Esse movimentos de rua são importantes para alguns percebam as manipulações do status quo, para continuar no poder. Lembro das campanhas das diretas já e da eleição de 1989, onde um contingente imenso de pessoas participou das mobilizações, no entanto quando o resultado não foi alcançado houve uma decepção e muitas não participaram mais de nenhum movimento outras perceberam que os ideias de transformação devem ser o foco e não as relacionadas apenas as reformas. Não gostei do título,mesmo sabendo que é uma ironia, e também creio que a culpa também recai sobre aqueles que reproduzem o sistema, não personalizando eles como vc deixou bem claro, mas em momentos de revolução esse iram lutar até a morte para continuarem no poder. Abraços

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    2. Marcos, concordo com suas palavras. Sobre o título, era apenas para chamar a atenção, por um lado, e para destacar que não é questão de apenas um indivíduo e que não é sua substituição que resolve. Claro que grande parte dos "leitores", só lê o título e um ou dois parágrafos e não entende o conjunto do texto, inclusive que a suposta "defesa" de Marconi Perillo é no fundo uma critica radical a ele enquanto indivíduo corrupto e todos os que estão com ele (e os que não estão, incluindo os outros corruptos que estão contra ele), e que a corrupção não é apenas essa visível na política institucional, pois há muita corrupção invisível nesta esfera e em outras esferas, onde muitas pessoas presenciam e não reagem da mesma forma. A corrupção é uma relação social típica do capitalismo e enquanto este exitir, ela existirá. A razão de afirmar isso não foi para dizer que é e sempre será assim, e sim de que somente com a auto-organizaçao da população em geral e uma transformação radical das relações sociais, é possível a superação da corrupção e também de outros problemas sociais mais graves ainda, como a fome de milhões, a exploração da classe trabalhadora, etc. Abraços!

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  3. Esse tipo de teoria é de um humanismo radical, é de se crer muito no ser humano e na possibilidade de um dia conseguirmos reverter o estado de coisas no qual nos encontramos hoje. Embora possamos ter como exemplo algumas tribos e grupos que vivam sem a sombra do consumismo e do capital típicos do mundo ocidental, com toda a nossa formação e com algumas décadas de contato com o interesse e a mesquinharia, creio hoje que não consigo mais vislumbrar uma transformação social efetiva e com bases revolucionárias. Infelizmente me tornei uma descrente...

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    1. Tatielly, compreendo e hoje existem milhares de pessoas descrentes em transformação social. Contudo, a história é marcada por lutas, conflitos, nas quais alguns seres humanos - e não todos - avançam e buscam a transformação social. Marx identificou isso com a luta de classes e viu no proletariado o agente da revolução social. Assim, os seres humanos não são bons nem maus por natureza, são seres sociais e que, em determinados contextos sociais, relações sociais, podem se opor ou ser a favor de uma transformação mais profunda da sociedade e isso depende da sua posição no interior da atual sociedade. Várias experiências e tentativas foram feitas nesse sentido. E tais relações sociais são produzidas por nós e por isso podemos transformá-las, não sem luta, sem processos sociais longos de politização, conflitos, etc. mas é uma possibilidade e uma tendência e o fato de existir o proletariado e outras classes exploradas, demonstra esse processo, bem como a existência de indivíduos, projetos, teorias, grupos políticos, movimentos sociais, apontando para uma tal transformação mostra, também, que é algo possível e é uma tendência, que existem forças, ideias, ou seja, um potencial para se realizar. Além disso, o capitalismo é autodestrutivo e suas crises e problemas é outra fonte de descontentamento e ampliação dessas forças que apontam para a revolução proletária. Por isso, para não alongar mais, digo que entendo sua posição, mas se se somar a essa luta pela transformação radical das relações sociais, essa tendência se fortalece e a emancipação humana se torna mais próxima e real.

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    2. Caro Professor Nildo.

      Mais uma vez leio suas palavras com respeito e admiração. Concordo em numero, gênero e grau com a analise do contexto que envolve diretamente o Governador do Estado de Goias e seus atos primitivos e/ou imaturos como queira no trato da coisa pública e acrescento que é duro e difícil para todos que manifestam a favor de decisões mesmo que acaloradas no sentido de retirar do cargo um governador que foi empossado democraticamente via eleição direta aceitar de forma tranquila que as pessoas que elegeram o marconi não são seres diferentes do mesmo, ou seja, corrupto vota em corrupto e sim o atual governador e o próximo serão corruptos e serão instrumentos de corrupção.
      O Marconi Perilo é uma produção da sociedade que possui consciente ou inconscientemente e de forma coletiva os mesmos valores que seu representante.
      Pagamos ainda muito pelos erros infantis que a maioria dos nossos cidadãos e cidadãs cometem em relação ao ato de eleger um representaste publico, pois acreditamos cegamente no candidato modelo messiânico.
      Analisando a sucessão para o Governo do Estado de Goias nos últimos 15 anos o que se viu foi apenas uma sobreposição de discurso com a diferença apenas na estrutura simbólica montada inteligentemente em torno do "messias" Marconi Perillo e o mais impressionante é que a sociedade ainda sequiosa por heróis destemidos e revestidos da couraça da liberdade e da justiça, cai mais uma vez no engodo arquetípico do herói.
      Enfim, devemos olhar pra dentro de nós mesmos e analisarmos com a serena razão quais são os valores que devemos a partir das lições aprendidas com este episodio nutrir e desenvolver na sociedade, pois a situação é muito mais grave que os movimentos a favor ou contra de um politico corrupto podem supor. O que revela sobre o caso Marconi Perillo é que a sociedade Goiana, as classes sociais como um todo,vivem sob o domínio da corrupção e a qualidade dos valores que regem a mesma ainda produzira desequilíbrios sociais acentuados, temo pensar que a sociedade goiana ainda tão imatura se desenvolvera pelo processo Darwinista e não por uma ação consciente e autônoma da própria.

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  4. Wellington r.b.
    Confesso que se o título era pra chamar a atenção, conseguiu fiquei incomodado a beça. Concordo que precisamos ampliar o nosso olhar e desmaterializar um ou dois indivíduos como responsáveis pela corrupção. No qual existente em quase todo o mundo desde, a existência do Capitalismo. Mas o que dizer no caso de países ditatoriais orientais por exemplo: roubou a "autoridade" vai lá e corta uma mão; ou como na China que a família paga a bala que matará o bandido ,ou ainda, nos EUA onde existe a pena de morte ou prisão perpétua. Onde o medo da punição intimida os maus feitores. Não defendo isso! Defendo o Estado como representante real do povo deixassem estes canalhas no zero. Confiscassem todo patrimônio material acumulado ilicitamente, (Cachoeira, Marconi, Demóstenes...), não precisaria nem ser presos. E investissem a quem de direito. Nos empobrecidos, na saúde, educação, que extinguisse com a fome do nosso povo. Talvez assim, nos aproximaríamos da autogestão.
    Abraços...

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