Rádio Germinal

RÁDIO GERMINAL, onde a música não é mercadoria; é crítica, qualidade e utopia. Para iniciar clique em seta e para pausar clique em quadrado. Para acessar a Rádio Germinal, clique aqui.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Quadrinhos e Sociedade - Uma Introdução à Sociologia das Histórias em Quadrinhos


QUADRINHOS E SOCIEDADE - UMA INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
(Minicurso no III Simpósio Internacional de Ciências Sociais-UFG/FCS)
 
Minicurso quadrinhos 2013 1
 
Para acessar e fazer sua inscrição, clique aqui.

Curso de extensão "Autogestão Social"


   
CEAS 2013
       
O curso de extensão à distância "Autogestão Social" será realizado de setembro a dezembro de 2013. O coordenador e professor responsável é Nildo Viana (UFG), contando com a colaboração dos professores Edmilson Marques (UEG), Leonardo Proto (UEG) e Maria Angélica Peixoto (IFG) e dos estudantes Alessandro Macedo Barbosa (UFG) e Gabriel Teles Viana (UFG). O curso será realizado sob forma virtual, utilizando a plataforma Moodle e seus recursos (fóruns, chat, arquivos, vídeos, etc.) e terá carga horária de 64 horas. O curso será dividido em quatro módulos. Abaixo mais alguns detalhes do curso:  

PROPOSTA DE CURSO DE EXTENSÃO À DISTÂNCIA:
Autogestão Social

Proponente: Dr. Nildo Viana

Período: De 02 de setembro a 20 de dezembro de 2013

Forma: através da Plataforma Moodle

Carga Horária: 64 horas.

Valor: R$ 50,00

Vagas: 40

Requisitos: Conexão com internet, disponibilidade de horário (4 horas semanais), domínio mínimo de computador (digitação, uso da internet).

Inscrição: de 20 de agosto até 02 de setembro.

Inscrição e mais informações, clique aqui.

  Objetivos: O curso tem como objetivo proporcionar um debate em torno da autogestão social, buscando trabalhar o conceito de autogestão, algumas das principais teorias da autogestão, algumas das mais importantes experiências históricas, a relação entre autogestão e outras formas de organização, entre outras questões complementares e derivadas que são importantes para compreender esta temática.

  Justificativa: A autogestão é um tema amplamente discutido nos dias atuais, sob perspectivas diferentes. Para alguns, a autogestão é uma forma de gestão de empresas; para outros é uma forma cooperativa na qual os trabalhadores gerem sua produção; já outros pensam que é uma forma radicalmente diferente de organização social, um projeto de sociedade pós-capitalista. O estudo e o aprofundamento do debate em torno destas questões se tornam fundamentais, pois sem uma consciência da realidade qualquer atividade política pode se revelar trágica, ou seja, ela pode ter um objetivo, mas o meio que se busca para atingi-lo acaba produzindo outra coisa que não se esperava. Daí a necessidade de aprofundamento do debate sobre as questões fundamentais de nossa época, entre as quais a questão da autogestão social.  

  Metodologia: o curso se realizará em 04 meses e será realizado através de exposição e espaço para debates com os participantes sob forma virtual, através da Plataforma Moodle. Nesse ambiente virtual, diversos recursos serão utilizados, tais como textos, vídeos, fóruns de debate, chats, wiki, entre outras. O curso será ministrado a partir de uma bibliografia básica que será objeto de discussão em fóruns e chats, tendo quatro módulos, discutindo eixos temáticos relacionados e complementares. A equipe executora será composta por um professor, responsável geral, e mais... professores que irão contribuir nas discussões e apoio aos estudantes, além de incentivar o debate e outras formas de atuação. A avaliação será realizada através de quatro questionários para cada módulo ou um ensaio de dez a vinte laudas, a ser escolhido pelo aluno.  

 MÓDULOS:

·      Teorias da Autogestão

 ·      Experiências Autogestionárias.

 ·      Autogestão e outras formas de organização.

 ·      Organização dos Trabalhadores, Conselhos e Autogestão Social.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Conflitos e Movimentos Sociais na Sociedade Moderna


CONFLITOS E MOVIMENTOS SOCIAIS NA SOCIEDADE MODERNA,

(GT durante III Simpósio Internacional de Ciências Sociais/FCS-UFG).

gt conflitos e ms

Para acessar e fazer sua inscrição, clique aqui.

Sobre alienação

O tema da alienação é um dos mais discutidos na filosofia e ciências humanas e a concepção marxista é perpassada por um conjunto de más interpretações e traduções duvidosas. O vídeo abaixo aborda o tema da alienação. Os textos e links abaixo, de forma complementar, apontam para uma análise do fenômeno da alienação na perspectiva materialista inaugurada por Karl Marx.

 Leia Mais:

ALIENAÇÃO COMO RELAÇÃO SOCIAL

PARA ENTENDER A ALIENAÇÃO: MARX, FROMM, MARCUSE

PRÁXIS, ALIENAÇÃO E CONSCIÊNCIA

O QUE É ALIENAÇÃO?

Nova edição do livro O Que São Partidos Políticos?



VIANA, Nildo. O Que São Partidos Políticos. Brasília: Kíron, 2013.


SINOPSE

O presente livro é uma obra introdutória e ao mesmo tempo teórica e aprofundada sobre o significado dos partidos políticos. Nesse contexto,apresenta uma conceituação de partido político, explicitando o significado da palavra e criticando algumas outras definições consideradas problemáticas e insuficientes; aborda a sua formação histórica, especialmente o seu momento de nascimento e sua relação com a democracia partidária; expõe suas características essenciais e o que os distinguem de outras formas de organização; e ainda apresenta sua tipologia para,por fim, realizar a crítica do fetichismo do partido. É, portanto, uma obra que oferece uma percepção geral dos partidos políticos no sentido conceitual, histórico, analítico e crítico. É uma obra fundamental para aqueles que querem compreender uma das organizações centrais da sociedade moderna.


DETALHES DO PRODUTO

    • País de Produção: BRASIL
    • Código de Barras:  9788581131559
    • ISBN:  8581131557
    • Encadernação:  BROCHURA
    • Altura: 21,00 cm
    • Largura: 14,00 cm
    • Peso: 0,11 kg
    • Complemento:  NENHUM
    • Nº de Páginas:  80

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

RADICALISMO E HUMANISMO



RADICALISMO E HUMANISMO

Nildo Viana

Os seres humanos são capazes dos atos e discursos mais belos e, ao mesmo tempo, de concepções e atitudes mais ignóbeis. Podem agir com extrema grandeza e generosidade, por um lado, e uma extrema pequeneza e mesquinharia, por outro. Esse processo assume uma particular importância no campo da militância revolucionária, no qual o extremismo muitas vezes se confunde com radicalismo e quando isso ocorre há uma confusão entre ser revolucionário e ser sanguinário. Por isso torna-se importante discutir a relação entre humanismo e radicalismo, pois um indivíduo revolucionário deve unir as duas coisas em uma só, o que nem sempre acontece e a reflexão sobre isso pode esclarecer e ajudar a superar essa dicotomia existente em alguns casos individuais.

O objetivo de um revolucionário é, obviamente, a revolução. Sem dúvida, não se pode cair no equívoco de acreditar que todo mundo que se diz revolucionário o seja só por ter afirmado tal coisa. Não se analisa um indivíduo pela consciência que ele tem de si mesmo, já dizia Marx (1983a). Mesmo porque, o que se entende por “revolução” e “revolucionário” varia de acordo com as pessoas. Um revolucionário, no sentido aqui utilizado e que obviamente exclui muitos casos, é aquele indivíduos que tem como objetivo a revolução e compreende esta como um processo de emancipação humana via emancipação dos trabalhadores, ou, mais precisamente, do proletariado. Logo, nesse sentido exclui aqueles que pensam que uma revolução é uma tomada do poder estatal, substituição de um governo, entre outras formas de se pensar apenas no sentido de uma “revolução política”, pois a emancipação humana só pode ocorrer através de uma revolução social, ou seja, com a transformação radical do conjunto das relações sociais. Se o objetivo do revolucionário é a revolução que emancipa a humanidade em seu conjunto, então há uma base humanista nesse objetivo. Não existe, portanto, dicotomia entre o radicalismo de um revolucionário, que quer a transformação radical das relações sociais para libertar os seres humanos da exploração, dominação, opressão, e humanismo. No entanto, concretamente esta dicotomia muitas vezes aparece e é sobre isso que temos que refletir.

A palavra humanismo também pode ser entendida sob diversas formas. Não cabe aqui uma discussão conceitual e nem abordar todas as suas formas de manifestação, basta expor as duas formas básicas de humanismo existente. Uma é o humanismo romântico, ou “abstrato”, que, tal como Rousseau (1989), considera que o ser humano é “bom por natureza” e atribui tal qualidade a todos os seres humanos indistintamente, partindo desse princípio. O ser humano aqui é um valor fundamental e isso é positivo, embora problemático. Para entender o seu caráter problemático é preciso avançar até o humanismo radical, que é um humanismo concreto.

Em oposição ao abstrato (no sentido metafísico do termo), o concreto é “resultado de suas múltiplas determinações” (MARX, 1983a). Nessa concepção, o ser humano não é bom nem mau por natureza. O que caracteriza a essência humana é o trabalho e a sociabilidade, tal como Marx já apontava (MARX, 1983b; MARX, 1988; MARX e ENGELS, 1991). O ser humano é ativo. Ele, ao contrário dos demais animais, age sobre o mundo, transforma a natureza e humaniza ela e a si mesmo. Ele faz isso em associação, ou cooperação, com outros seres humanos, sendo também um ser social.  Desta forma, o trabalho teleológico consciente, a práxis, e a associação com outros seres humanos, são necessidades humanas, são parte de sua essência. No entanto, com a emergência da sociedade de classes, essa essência é negada. O trabalho e a sociabilidade são pervertidos, deturpados. O trabalho se torna alienado, dirigido por outros, fundando a exploração e a dominação e a sociabilidade se torna, devido a isso, conflituosa. No capitalismo, mais especificamente, a exploração e dominação no trabalho ocorre através da extração de mais-valor e a sociabilidade passa a ser comandada, além dos conflitos de classes, pela competição. Nesse sentido, as sociedades de classes negam a essência humana e a sociedade capitalista leva ao extremo tal negação.

Nessas sociedades, e de forma mais ampla no capitalismo, a essência humana é negada e deformada. Surgem monstruosidades, desde as praticadas por indivíduos até as coletivas, tal como se pode exemplificar pelo caso de um psicopata, no primeiro caso, e do nazismo, no segundo. Assim, o humanismo romântico é ilusório. O humanismo radical é aquele que não desconsidera a história e a negação da natureza humana no capitalismo, fonte dos desequilíbrios psíquicos, mas também não se ilude com o mundo da aparência caindo no anti-humanismo, pensando que o ser humano é “egoísta” por natureza, entendendo o processo social mais amplo fundado na luta de classes. Contudo, o humanismo radical também não confunde existência com essência, não se ilude com “empírico” e sabe que por detrás da destruição psíquica dos seres humanos e de todos os outros problemas como valores deformados, consciência coisificada, etc., a essência existe, sufocada e reprimida, mas está lá. Todo ser humano tem a necessidade psíquica de associação com outros seres humanos e realizar suas potencialidades e se isso não se concretiza, existem efeitos, inclusive os revolucionários são produtos disso. Os indivíduos revolucionários o são por manifestarem o desejo da emancipação humana, dos demais e deles mesmos, embora muitos também saibam que podem nem viver para ver isso. Sem dúvida, isso é diferente do revoltado ou do rebelde. O primeiro apenas sonha com a destruição pura e simples, no fundo não quer transformar nada, quer apenas destruir aquilo que ele identificou como sendo a causa de seus males. O rebelde é aquele que apenas questiona o que lhe atinge e ao invés de transformar radicalmente as relações sociais quer, no fundo, mudar sua posição no interior dessa sociedade, por isso é facilmente cooptado e corrompido[1].

Desta forma, o humanismo radical mantém a unidade entre humanismo e radicalismo. Como já dizia Marx, “ser radical é ir até a raiz, e a raiz, para o homem, é o próprio homem” (1977). Radicalismo sem direção não existe, é pseudorradicalismo. Não se pode gerar a libertação humana se tornando desumano. O humanismo sem radicalismo é romantismo e o “radicalismo” sem humanismo é extremismo inconsequente. O humanismo romântico gera reformismo ou sentimentalismo e o extremismo gera autoritarismo, moralismo, niilismo. Para a práxis revolucionária nem o humanismo abstrato nem o extremismo são adequados. Apenas o humanismo radical é correspondente a tal prática. O humanismo radical evita ações ingênuas derivadas do humanismo romântico, tal como pensar que numa manifestação popular durante lutas sociais radicalizadas é possível apelar para a bondade e não violência do aparato repressivo do Estado (polícia, exército). Da mesma forma, evita também a prática do terror jacobino. Tal como colocava Rosa Luxemburgo,
“A revolução proletária não precisa do terror para realizar seus fins, ela odeia e abomina o assassinato. Ela não precisa desses meios de luta porque não combate indivíduos, mas instituições, porque não entra na arena cheia de ilusões ingênuas que, perdidas, levariam a uma vingança sangrenta. Não é a tentativa desesperada de uma minoria de moldar o mundo à força, de acordo com o seu ideal, mas ação da grande massa dos milhões de homens do povo, chamada a cumprir sua missão histórica e a fazer da necessidade histórica uma realidade” (LUXEMBURGO, 1991, p. 103).
Nesse sentido, não é possível cair nos equívocos do humanismo romântico e seus derivados (sentimentalismo, pacifismo, reformismo)[2] e nem no extremismo inconsequente (autoritarismo, moralismo, niilismo, agressividade ou violência desnecessárias), tanto nos momentos revolucionários quanto nos períodos de recuo do movimento operário, pois esses dois tipos de ação apenas dificultam o avanço da luta pela transformação radical da sociedade. É por este motivo que tanto o humanismo romântico quanto o extremismo devem ser superados pelo humanismo radical.

Referências

FROMM, Erich. O Dogma de Cristo. 5ª edição, Rio de Janeiro, Zahar, 1986.

LUXEMBURG, Rosa. O Que Quer a Liga Spartacus? In: LUXEMBURG, Rosa. A Revolução Russa. Petrópolis, Vozes, 1991.

MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã (Feuerbach). 3ª Edição, São Paulo, Hucitec, 1991.

MARX, Karl. Contribuição à Crítica da Economia Política. 2ª Edição, São Paulo, Martins Fontes, 1983a.

MARX, Karl. Crítica da Filosofia do Direito de Hegel. Introdução. Revista Temas de Ciências Humanas. São Paulo, Grijalbo, vol. 2, 1977.

MARX, Karl. Manuscritos Econômicos e Filosóficos. In: Fromm, E. O Conceito Marxista do Homem. 8ª Edição, Rio de Janeiro: Zahar, 1983b.

MARX, Karl. O Capital. Vol 1. 3ª Edição, São Paulo, Nova Cultural, 1988.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens. São Paulo: Ática, 1989.






[1] Sobre isso é interessante a discussão de Erich Fromm a respeito do “caráter rebelde” e do “caráter revolucionário”, na qual através de sua caracterologia coloca a questão da personalidade do rebelde (FROMM, 1986).
[2] A mesma Rosa Luxemburgo contesta tais ilusões: “não passa de delírio extravagante acreditar que os capitalistas se renderiam de bom grado no veredicto socialista de um parlamento, de uma Assembleia Nacional, que renunciariam tranquilamente à propriedade, ao lucro, aos privilégios da exploração. Todas as classes dominantes, com a mais tenaz energia, lutaram até o fim por seus privilégios. Os patrícios de Roma, assim como os barões feudais da Idade Média, os gentlemen ingleses, assim como os mercadores de escravos americanos, os boiardos da Valáquia, assim como os fabricantes de seda de Lyon – todos derramaram rios de sangue, caminharam sobre cadáveres, em meio a incêndios e crimes, provocaram a guerra civil e traíram seus países para defender privilégios e poder” (LUXEMBURGO, 1991, p. 104).

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *

Acompanham este blog: