A educação pode ser interpretada como o processo no qual os seres humanos realizam livremente sua autoformação e assim se tornam livres e senhores do seu destino. Essa seria uma concepção idealizada de educação, que suporia que ela não tivesse contradições e realizasse todas as suas promessas discursivas. Não é isso que ocorre nas sociedades divididas em classes sociais, que acaba pervertendo o significado da educação. Na sociedade capitalista, a educação escolar acaba tendo uma função que é antagônica ao processo de autoformação e autorrealização humana. Ela se torna alienada, caracterizada pelo exercício da violência, pela disputa interna (luta de classes, disputa partidária), palco de análises e concepções ao seu respeito, etc. A educação escolar visa formar indivíduos adaptados para a reprodução da sociedade capitalista e por isso se dedica à formação da força de trabalho e legitimação dessa sociedade. A presente coletânea trata dessas questões e realiza uma análise crítica de diversos aspectos da educação escolar visando contribuir com sua compreensão mais profunda e distante das concepções apologéticas e naturalizantes das instituições escolares.
Sumário
Prefácio: Educação, Violência e Contradições
Diego dos Anjos
Maria Angélica Peixoto
Nildo Viana
O Conceito de Educação nos Clássicos
da Sociologia
Felipe Mateus de Almeida
Bourdieu e Passeron: Educação e
Reprodução
Maria Angélica
Peixoto
O Estudo Alienado
Diego dos Anjos
Rubens Vinicius da Silva
A Escola Sem Partido como Disputa
Partidária
Nildo Viana
Burocracia
e Violência Escolar na Formação da Juventude
Felipe Andrade
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