COMO ESCREVER UMA TESE DE DOUTORADO NUMA PERSPECTIVA DIALÉTICA
Nildo Viana
Nas universidades existe, geralmente, a exigência de
realizar uma pesquisa e redigir um texto escrito (TCC, monografia, dissertação,
tese) para finalizar determinados cursos. O presente texto trata dessa questão
numa perspectiva dialética, ou seja, como escrever uma tese (dissertação,
monografia, etc., para resumir colocaremos apenas “tese”) numa perspectiva
dialética.
O primeiro passo é ter claro qual é o tema a ser pesquisado.
Para facilitar a compreensão do que vamos desenvolver aqui, colocaremos três
temas diferentes de distintos casos concretos e apontaremos três formas diferentes
para desenvolver a tese. Os três temas que expressam três formas de efetivar a
pesquisa e que tomaremos como casos concretos são o Poder Negro, o Pensamento
de Freud e o Discurso Neonazista. Após escolher o tema, é necessário fazer
algumas leituras iniciais sobre o mesmo e textos teóricos e ideológicos[1] sobre o tema para poder
realizar a problematização, ou seja, a elaboração do problema de pesquisa[2].
Após as leituras sobre o tema e sobre as teorias/ideologias
que abordam o tema, é necessário elaborar o problema de pesquisa e a partir
daí, caso queira, os objetivos, justificativa, hipótese[3]. As leituras vão variar
dependendo do tema. Se o tema é o Poder Negro, então as leituras necessárias
são sobre o próprio Poder Negro, bem como sobre movimentos sociais, movimento
negro. Se o tema é o pensamento de Freud, então as leituras necessárias são
algumas das principais obras de Freud, sobre psicanálise, sobre teoria da
ciência, sobre esferas sociais e esfera psicanalítica, etc. Se o tema é o
discurso neonazista, então as leituras são sobre análise do discurso, discurso
político, doutrinas políticas, nazismo, neonazismo. É claro que tais leituras
são introdutórias e algumas serão descartadas (como referencial teórico, pois
podem ser trabalhadas como fontes de informação, como alvo de críticas, com
aspectos que são momentos de verdade que podem ser trabalhados, etc.).
Tendo estes elementos concretizados, já há material para a
composição da introdução (onde teria tema, delimitação do tema, problema,
objetivos, justificativa, hipótese) e do primeiro capítulo (equivalente ao
referencial teórico do projeto de pesquisa, só que mais desenvolvido e
aprofundado). Um referencial teórico bem
estruturado e um problema de pesquisa bem elaborado é fundamental para o
encaminhamento da tese e já fornece o fio diretor do resto da pesquisa.
O referencial teórico não é apenas um conjunto de termos
(construtos, noções, conceitos) incoerentes e desorganizados que aparece sem
relação como em um dicionário. O conceito fundamental é relacionado com
diversos outros conceitos, formando uma teoria,
ou seja, um universo conceitual que expressa
(e, portanto, explica) determinado fenômeno. Assim, no caso do tema ser o
Poder Negro, temos os conceitos de movimentos sociais e movimento negro como os
mais importantes, pelo menos inicialmente. A
definição de quais são os conceitos fundamentais depende do problema de
pesquisa. Se o problema de pesquisa é o que gerou o Poder Negro, então o
trabalho conceitual deverá apontar elementos explicativos que permitem
responder esse problema, ou seja, que permita uma hipótese que poderá ou não
ser confirmada.
Para analisar o movimento negro é preciso compreendê-lo como
um movimento social e este precisa ser explicitado sob a forma conceitual. O
conceito de movimentos sociais é distinto de uma mera definição, pois ele é uma
concepção a respeito desse fenômeno e em sua própria definição remete a
diversos outros conceitos, que, por sua vez, demandam outros conceitos, num
processo infinito, formando um universo conceitual, e que cabe ao pesquisador
saber onde parar. Não se trata de apresentar a história do movimento negro,
pois é um referencial teórico que visa explicar o fenômeno mais amplamente para
que depois, durante a pesquisa, se explique sua manifestação no caso concreto
do Poder Negro. Ainda no caso do problema de pesquisa ser o que gerou essa
organização do movimento negro, então é necessário retirar da teoria dos
movimentos sociais a explicação de como surgem as organizações mobilizadoras.
E, assim, “organizações mobilizadoras” se torna um conceito fundamental, bem
como os demais que explicam sua existência. Se o problema de pesquisa é
descobrir a gênese das concepções do Poder Negro, então os conceitos
fundamentais já são outros, como consciência, ideologia, doutrina, etc. O
conceito de movimentos sociais aparece, mas não é o fundamental, pois o fundamental
são os conceitos e a teoria que constitui elementos explicativos da formação da
consciência em uma determinada organização.
No caso do pensamento de Freud, os conceitos fundamentais
seriam “saber complexo”, ciência, psicanálise, esfera psicanalítica (com esse
ou outro nome, o que vai depender da abordagem das obras consultadas). Porém, é
a partir do problema de pesquisa que se poderá definir melhor os conceitos mais
apropriados. O que ser quer descobrir no pensamento de Freud? Se quisermos
descobrir quais são as suas raízes epistêmicas, então os conceitos fundamentais
passam a ser episteme, método, campo analítico, campo linguístico, etc. (e na
ausência de conceitos, parte-se, para posteriormente realizar a crítica, dos
construtos de epistemologia, método, etc.). Se o problema é o que possibilitou
o surgimento da psicanálise freudiana, então os conceitos fundamentais passam a
ser os da teoria da consciência (no caso de Marx, ideologia, teoria, formas de
consciência, história, divisão social do trabalho, “superestrutura” ou “formas
sociais”, etc.). Se é a formação institucional da psicanálise, então seria
esferas sociais, esfera psicanalítica, etc. Não se apresenta história da
psicanálise ou do pensamento de Freud, pois é um referencial teórico e não uma contextualização
histórica.
Se o tema é o discurso neonazista, os conceitos básicos são
os de discurso, formas do discurso, neonazismo, etc. Na inexistência de uma
teoria a esse respeito, então é necessário recorrer às abordagens ideológicas
do discurso para que se tenha uma base que, após sua crítica, realize um esboço
de teoria. As correntes da análise do discurso seriam a base bibliográfica. As
questões a serem abordadas é o que é o discurso, quais suas formas, qual sua
determinação fundamental, qual a especificidade do discurso político. Esses
elementos fornecem, posteriormente, a chave explicativa do caso concreto do
discurso neonazista.
Alguns podem indagar por qual motivo começar pela teoria. A
tradição acadêmica instituiu esse processo e até parte dos empiricistas mais exagerados
aceitam esse procedimento. Na perspectiva dialética, o início é pela teoria por
que ela revela a essência do fenômeno ou de um fenômeno mais amplo que permite
explicar o fenômeno menos amplo que será pesquisado. Uma teoria da ciência
fornece explicações úteis para compreender a psicanálise freudiana, bem como a
teoria dos movimentos sociais joga luzes sobre o movimento negro e uma teoria
do discurso contribui com a compreensão do discurso neonazista. A pesquisa
dialética sempre começa pela essência e é por isso que Marx dedica o primeiro
capítulo de O Capital para analisar a
produção especificamente capitalista de mercadorias, ou seja, a produção de
mais-valor. Esse é o momento de colocar a determinação fundamental do fenômeno[4].
Em seu texto sobre o Método
da Economia Política, Marx diz que a pesquisa começa naturalmente pela
consciência espontânea dos fenômenos, as representações imediatas, a intuição. Depois
ele coloca que, uma vez fixados os conceitos e elaborado uma teoria, ou
ideologia, já não se parte mais dessa consciência espontânea e sim da
consciência teórica (ou ideológica) já produzida sobre o fenômeno, que será comparada
com a realidade para se estabelecer se há correspondência ou não. No caso de
não correspondência, cabe a crítica (das ideologias) e no caso de
correspondência, cabe o desenvolvimento e aprofundamento. É por isso que a
pesquisa numa perspectiva dialética se inicia com a teoria ou ideologia (caso
não exista ainda uma teoria sobre o fenômeno específico a ser analisado).
O referencial teórico trata da essência do fenômeno, de sua
determinação fundamental, e, quando é sobre um fenômeno mais amplo que lança
luzes para a explicação de um fenômeno menos amplo (movimentos sociais e movimento
negro, por exemplo), abarca também as múltiplas determinações do fenômeno mais
amplo, sendo que o menos amplo possui especificidades e que será através da
pesquisa que isso se delineará.
Existem duas formas básicas de realizar o referencial
teórico. A primeira é quando se apresenta diversas abordagens e depois se
apresenta a crítica delas e apresenta a abordagem com a qual se concorda. A
segunda é quando se desenvolve apenas a teoria que é a base da pesquisa, sendo
que outras abordagens podem aparecer de forma complementar em algum aspecto
mais particular, observações críticas em notas de rodapé, etc., desde que não
se crie incoerências. A primeira forma apresenta a vantagem de demonstrar
erudição e a segunda a vantagem do aprofundamento, pois tanto em termos de
tempo quanto de espaço (número de páginas), a primeira reduz o espaço da
exposição da base teórica escolhida. No caso da pesquisa sobre Poder Negro, a
primeira forma seria apresentar algumas das diversas concepções de movimentos
sociais/movimento negro e depois de criticá-las e apresentar a concepção
teórica em que se baseará; no caso do pensamento de Freud, seria as diversas
concepções da epistemologia e constituição de métodos e depois a teoria
escolhida e o mesmo no caso do discurso (as várias formas de análise do
discurso e sua crítica para apresentar a análise dialética do discurso
posteriormente).
Existe um caso diferente. É quando não existe referencial
teórico estabelecido para analisar determinado fenômeno. O que existem são
ideologias ou até mesmo essas podem estar ausentes. Quando existem ideologias,
é necessário apresentá-las no referencial teórico e criticá-las, extraindo
delas os seus momentos de verdade e ao ter uma teoria mais desenvolvida da
sociedade capitalista, inserir elementos da análise dessa sociedade (a partir
dos pressupostos do método dialético e materialismo histórico) e elaborar uma
teoria a respeito do tema específico em questão. Isso pode ser visto, por
exemplo, em Os Mitos no Mundo Moderno[5].
Inicialmente foram apresentadas quatro concepções ideológicas (Lévi-Strauss,
Maurice Godelier, Ernst Cassirer, Mircea Eliade) do mito e depois elas foram
criticadas. Após isso, um novo conceito de mito, bem como explicação do mesmo,
é realizado, retomando alguns momentos de verdade das ideologias anteriores e
contribuições mais gerais do materialismo histórico, Erich Fromm, etc.
É por isso que na pesquisa dialética é preciso superar uma
concepção equivocada que é partir da totalidade ou da história. Os fenômenos
sociais são históricos e inseridos numa totalidade, mas a forma específica como
isso ocorre só pode ser compreendida após o término da pesquisa e não no
início. No início, através da teoria, que é uma abstração dialética que trata
do essencial (e não do histórico ou do total), se lançam as bases analíticas da
pesquisa. A definição do que é essencial depende do tema e especialmente do problema
de pesquisa.
Uma vez determinado o referencial teórico, a abordagem da
essência, aí se passa para a análise da
existência, ou seja, parte-se da determinação fundamental para as múltiplas
determinações que se manifestam nos casos
históricos e no conjunto das relações sociais (totalidade). Isso ocorre no
capítulo que muitos denominam “contextualização”.
A contextualização no caso de uma pesquisa sobre o Poder
Negro é a desestabilização do regime de acumulação conjugado (ou do
“capitalismo norteamericano”), os antecedentes do movimento negro
norte-americano, a hegemonia burguesa da época e as formas de contestação, as
ações do estado integracionista, etc. No caso do pensamento de Freud, é o
contexto de surgimento da psicanálise, ou seja, o capitalismo oligopolista e
sua especificidade no caso alemão, as correntes ideológicas e metodológicas
hegemônicas, a formação intelectual de Freud, etc. No caso do discurso
neonazista, é preciso contextualizar a sua fonte de inspiração, ou seja, o
discurso nazista, e o contexto em que torna possível o aparecimento do
neonazismo, o que remete ao processo de constituição do regime de acumulação
integral e seus impactos sociais, etc.
Após isto, temos o último capítulo, que é dedicado ao
fenômeno específico que é o tema pesquisado visando responder o problema de
pesquisa. O problema de pesquisa fornece o foco analítico, pois não se trata de
abordar o Poder Negro, o pensamento de Freud, o discurso neonazista em todos os
seus aspectos, mesmo porque isso é impossível, já que toda descoberta teórica
traz novas questões e novas necessidades e nem mesmo escrevendo mil páginas
isso será resolvido. Assim, se o problema de pesquisa é o que gerou a
organização Poder Negro, e no referencial teórico se trabalhou como surgem as
organizações mobilizadoras, então é necessário, neste capítulo, analisar o seu
processo de formação e suas especificidades.
Aqui é o momento de tratar do específico, a sua forma de se
relacionar com a totalidade. A teoria do primeiro capítulo e a contextualização
do segundo capítulo oferecem as ferramentas para compreender a essência do
fenômeno e a totalidade na qual se insere e o passo seguinte e final é mostrar
como se insere nessa totalidade, o que traz a necessidade de analisar como a
condição de classe social dos integrantes do Poder Negro, para citar apenas um
exemplo, influenciou na sua formação, e como o conflito racial naquele momento
permitiu um processo de radicalização do movimento negro, bem como suas
possíveis relações com outras organizações (Panteras Negras, Congresso da
Igualdade Racial, Associação Nacional de Promoção das Pessoas de Cor, etc.)
contemporâneas e antecedentes (o que remete para as organizações ligadas a
Martin Luther King, Malcom X, etc.) e as divergências intelectuais no seu
interior[6].
No caso do pensamento de Freud e o problema ser “quais são
suas raízes epistêmicas”, então é necessário uma análise profunda do seu
procedimento metodológico, o que remete a análise de alguns escritos sobre a
questão e outros em que se pode demonstrar como ele produzia sua análise. No
caso do discurso neonazista, trata-se de um processo analítico aprofundado do
seu discurso em si, a sua construção discursiva, os seus temas fundamentais, o
seu processo explicativo, etc.
O tratamento aprofundado do material informativo sobre a
organização do Poder Negro, seus discursos, etc. se torna fundamental[7]. Os demais capítulos são
fundamentais para a concretização deste, mas é este o que traz uma luz nova
sobre a realidade, desvendando a realidade de um fenômeno específico, o que
traz a necessidade de enriquecer o processo analítico através do
aprofundamento. Esse capítulo, no fundo, também é teórico, pois traz uma teoria
nova. É uma teoria da formação do Poder Negro, das raízes epistêmicas do
pensamento de Freud ou do discurso neonazista.
A partir do método dialético e de teorias mais amplas (o
materialismo histórico que é uma teoria da história e a teoria do capitalismo,
bem como teorias de fenômenos no interior deste, como dos movimentos sociais,
dos discursos, da psicanálise) chega a teorias de fenômenos mais específicos (a
explicação desses fenômenos, e não apenas a “descrição” dos empiricistas). O
método dialético, o materialismo histórico, etc., aparecem como pressupostos,
não são explicitados. Não é necessário ficar afirmando e repetindo que se parte
do método dialético e do materialismo histórico, basta utilizar isso na escolha
e definição do referencial teórico (que não é uma ampla teoria da história como
o materialismo histórico e sim aquela teoria que fornece a chave explicativa do
fenômeno específico que é o tema da pesquisa). Isso fica implícito em toda a
pesquisa, pois ele é realizado tendo por parte um método (com a teoria da
consciência e da realidade subjacente, bem como com o processo analítico
específico que realiza), de teorias mais amplas, que é uma totalidade. A
resposta ao problema de pesquisa é o que se queria descobrir e foi descoberto,
uma explicação de um fenômeno específico.
Em síntese, e esquematicamente, podemos colocar assim o
processo de elaboração de uma tese em perspectiva dialética (sendo que
cronologicamente se realiza primeiro o passo da realização da pesquisa e depois
o passo da composição/redação):
Realização da Pesquisa
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Composição (redação) da tese
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Leituras
introdutórias sobre o tema e leituras teóricas
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Introdução
provisória* (tema, delimitação do tema, problema).
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Elaboração do
problema
|
* Ela geralmente é revista após o término dos demais
capítulos, especialmente quando há mudanças no plano original.
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Aprofundamento
das leituras teóricas, escolha dos conceitos básicos, teorias e/ou ideologias
que serão abordadas.
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Composição do
referencial teórico.
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Definição dos
elementos de contextualização necessários e leitura/análise dos mesmos.
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Composição do
capítulo da contextualização.
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Leitura e
Análise do material informativo sobre o fenômeno específico pesquisado.
|
Composição do
terceiro capítulo, análise do fenômeno pesquisado.
|
Essa breve reflexão aponta para alguns dos elementos
essenciais de uma tese elaborada a partir da perspectiva dialética. Existem,
obviamente, casos concretos em que algumas diferenças formais podem ocorrer. Da
mesma forma, apesar de três capítulos serem suficientes, por causa de extensão,
é possível que haja mais capítulos, mas o que interessa é o conteúdo necessário
e não as formas como se divide ou toma forma na redação.
[1] Tendo em vista que a
produção teórica é algo raro, então muitas obras são ideológicas e outras
descritivas. Para ter uma percepção mais ampla do tema é necessário realizar
leituras diversas, embora nem todas sejam trabalhadas posteriormente. No
próprio processo de leitura de obras teóricas e/ou ideológicas, se realiza um
processo de seleção daquelas que serão realmente trabalhadas no desenvolvimento
da tese.
[2] Esse é o mesmo
procedimento no caso da elaboração de um projeto de pesquisa. A elaboração da
tese e a elaboração do projeto de pesquisa são semelhantes até o término da
composição do referencial teórico. A diferença começa a partir desse ponto,
pois no caso do projeto, os passos seguintes são o planejamento da pesquisa (o
que alguns chamam “metodologia”, expondo como efetivará a pesquisa futura,
como, por exemplo, qual é o universo pesquisado, quais técnicas de pesquisa
utilizará, quais processos analíticos serão utilizados). No caso da tese, os
passos seguintes são a pesquisa e a composição dos capítulos da mesma.
[3] A este respeito o livro A Elaboração do Projeto de Pesquisa
fornece uma síntese de como efetivar esses processos. Esses três últimos
elementos são geralmente solicitados na academia, mas não são obrigatórios a
não ser em casos específicos (em projeto para concurso ou seleção de
pós-graduação nos quais se apresenta os itens que devem conter o projeto para
inscrição). Numa perspectiva dialética, justificativa e objetivos são
dispensáveis, pois a primeira é uma formalidade sem maior importância e a os
objetivos são repetitivos em relação ao problema de pesquisa.
[4] Os elementos históricos
são desenvolvidos em outros capítulos (como na análise da acumulação primitiva,
a formação da burguesia, etc.) e também os elementos mais totalizantes (as
formas do mais-valor, a dinâmica da acumulação de capital, o trabalho
improdutivo, etc.). É depois de apresentar a essência do mais-valor é que é
possível analisar suas múltiplas determinações. Sem o conceito de mais-valor,
sua essência, não tem como distinguir suas formas de manifestação (mais-valor
absoluto e mais-valor relativo) e sem entender o mais-valor, não tem como
entender a formação do preço das mercadorias e assim por diante.
[5] Trata-se de um projeto de
pesquisa produzido por mim durante graduação. A parte teórica foi publicada sob
a forma de artigos. O primeiro artigo é a exposição e crítica das ideologias
(cf. https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/2122/pdf)
e o segundo artigo a concepção teórica proposta (cf. http://www.saps.com.br/sites/estacio/downloads/revista/revista08_humanas-14.pdf).
Estes textos estão disponíveis no blog Informe e Crítica (http://informecritica.blogspot.com.br/): http://informecritica.blogspot.com.br/2016/09/mito-e-ideologia.html e http://informecritica.blogspot.com.br/2016/09/mito-ideologia-e-utopia.html.
[6] Note-se que aqui não é uma
abordagem dessas outras organizações e sim da relação do Poder Negro com elas.
[7] Para quem é brasileiro,
isso é algo mais difícil, devido a dificuldade de acesso ao material
informativo. Se o tema fosse a Frente Negra, o Movimento Negro Unificado, aí
teria muito mais acessibilidade e material informativo.
ÓTIMO ARTIGO PARA INICIANTES ......VALEU NILDO. ABS
ResponderExcluirMuito bom. Lendo este texto é possível perceber mais claramente como desenvolver uma pesquisa entendendo a relação entre a teoria, o método é o tema a ser pesquisado.
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