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sexta-feira, 28 de julho de 2017

O Faroeste - O Filme como Manifestação do Social (Minicurso)





O RUPTURA - ESPAÇO CULTURAL e o GPDS (Grupo de Pesquisa Dialética e Sociedade), da UFG, promovem o minicurso "O Faroeste - O Filme como Manifestação do Social", nos dias 10, 17, 24 de agosto.

Minicurso: O Faroeste - O Filme como Manifestação do Social.

Ministrante: Dr. Nildo Viana/UFG.


Promoção: Ruptura - Espaço Cultural e GPDS/UFG.


Carga Horária: 16 horas.


Data:  [Quinta-feira] 10, 17, 24 de Agosto.


Horário: 19:00 - 22:30.


Local: Ruptura - Espaço Cultural.


Valor da Inscrição: R$ 20,00*


Período de Inscrição: Até dia 06 de agosto.


Número de vagas: 30.


Inscrição: fazer pré-inscrição para ver se tem vaga e, depois da confirmação de vaga, enviar comprovante de pagamento, nome completo, instituição de estudo ou trabalho, para o email locusincricoes@gmail.com

*A taxa de inscrição deve ser realizada via depósito ou transferência para a seguinte conta:

Caixa Econômica Federal
Agência: 1575
CC: 49398-0
André de Melo Santos



APRESENTAÇÃO


O Faroeste sempre foi considerado um gênero menor e inferior dentro da produção cinematográfica. Ele, inclusive em seu período considerado clássico, na segunda metade do século XX, foi recusado por todas as classes sociais e sua comercialização e divulgação foi devido ao fato da indústria cinematográfica vender, na época, pacotes que ao lado dos filmes de sucesso incluíam os chamados “western” (PROKOP, 1986).

Porém, o faroeste sobreviveu e se tornou um sucesso a partir dos anos 50-60 e foi reforçado principalmente com a vertente mais fantástica expressa no chamado “western-spaghetti”, o faroeste italiano. Os filmes dirigidos por Sérgio Leone se tornaram verdadeiros clássicos do cinema, bem como os filmes dirigidos por Damiano Damiani, Sérgio Corbucci, entre outros. Porém, junto com o sucesso vem a produção mercantil e em série, e as cópias mal feitas invadiram o mercado e a violência gratuita substituiu o contexto social e político das produções anteriores, fazendo o faroeste italiano cair em descrédito.

Já no final dos anos 1950, André Bazin, considerado um dos principais teóricos do cinema, começou a recuperar o faroeste como objeto de estudo. Através de seu livro O Que é o Cinema?, no qual dedicou um capítulo exclusivo ao faroeste, ressaltando suas qualidades, tornou este gênero cinematográfico digno de estudos e pesquisas, tal como a obra posterior de Rieupeyrout, que retoma o título do capítulo do livro de Bazin e é prefaciado por este. A partir daí, alguns clássicos, como filmes de John Ford e outros cineastas, passaram a receber estudos e artigos da crítica cinematográfica. Algumas outras obras foram produzidas sobre o gênero faroeste.

Porém, nestes estudos o foco é ou a história do western ou a descrição, enquanto que as obras analíticas se limitam ao enredo e em poucos casos ultrapassa o formalismo. Daí a necessidade de uma sociologia do filme de faroeste, visando demonstrar que tais obras cinematográficas são produtos sociais e históricos e, ao mesmo tempo, que elas manifestam o social. O foco do minicurso “O Faroeste, O Filme como Manifestação do Social” é este segundo aspecto e que está intimamente entrelaçado com o primeiro aspecto.

A sua relevância reside na busca de compreensão teórica de uma produção cultural tão distante da realidade contemporânea, ambientado em outra época, e como ela revela e manifesta as relações sociais da sociedade moderna, o que ajuda a compreender determinadas obras cinematográficas e a sociedade que a produz.


Além disso, o curso tende a incentivar a discussão teórica sobre o cinema e seus gêneros, e o faroeste mais especificamente, possibilitando fazer avançar a pesquisa e o ensino sobre cinema na perspectiva crítica, além de poder integrar pesquisadores e estudantes. Também contribui para uma percepção mais ampla do cinema e do faroeste, abrindo espaço para interlocução e desdobramentos futuros.

Ementa:
Os Gêneros Cinematográficos. O Faroeste e sua especificidade. O gênero e suas variações. A literatura sobre o faroeste. O filme como reprodução intencional e inintencional da realidade social. A produção social do filme. Valores, cultura, ideologemas manifestados no filme. Filme e Valores. Mudanças sociais e mudanças no faroeste. Faroeste e crítica social.

1º encontro:
Quinta-Feira: Dia 10 de agosto
Unidade I: Introdução à Sociologia do Faroeste
1.1.  Os Gêneros cinematográficos.
1.2.  Gênero, história e variações.
1.3.  O gênero faroeste.

2º encontro:
Quinta-Feira: Dia 17 de agosto
Unidade II: Faroeste e Sociedade
2.1. Filme e Reprodução da Realidade Social.
2.2. O Filme na Realidade.
2.3. A Realidade no Filme.

3º encontro:
Quinta-Feira: Dia 24 de agosto
Unidade III: Faroeste e História
4.1. Breve História do Faroeste
4.2. Mudanças Sociais e mudanças no Faroeste.
4.3. O Western e a Crítica Social.





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