Rádio Germinal

RÁDIO GERMINAL, onde a música não é mercadoria; é crítica, qualidade e utopia. Para iniciar clique em seta e para pausar clique em quadrado. Para acessar a Rádio Germinal, clique aqui.

sábado, 18 de agosto de 2018

O sentido da Arte




O sentido da arte

Entrevista de Nildo Viana com José Braga.



José Braga: Segundo sua definição de arte, alguns "artistas" que jogam tinta aleatoriamente em telas fazem arte? Por quê?



Nildo Viana: Esse é um caso específico e diferenciado. A arte, em minha concepção, é expressão figurativa da realidade, uma determinada forma de expressar a realidade, marcada pela figuração, o que remete ao reino da ficção. É claro que é preciso entender que realidade engloba tudo o que existe, inclusive os sentimentos dos indivíduos que produzem arte. Assim como é preciso entender que não se trata de “refletir a realidade”, seja a partir da ideologia leninista do reflexo ou qualquer outra concepção ideológica e “objetivista”. Trata-se de “expressão”, o que significa que alguém expressa e sob forma singular. Isso também não significa “subjetivismo”, pois quem expressa é um ser humano, histórico e social e só assim pode ser compreendido. A singularidade remete ao seu processo histórico de vida, que é social, constituindo a forma específica como determinado indivíduo se insere e se relaciona socialmente no conjunto das relações sociais. A união da “expressão” e da “realidade” significa que uma forma específica de expressão de uma determinada realidade (seja no plano totalizante ou de um fenômeno específico, tal como os sentimentos e outros elementos do universo psíquico daquele que realiza tal expressão) sob a forma figurativa. A figuração é a essência da arte, pois existem outras formas de expressar a realidade (a teoria, a ideologia, as representações cotidianas, etc.). Jogar tinta aleatoriamente numa tela não é produzir arte, porquanto não há figuração. Porém, uma vez que um artista faça isso e o seu quadro seja exposto numa galeria, então é percebida como arte por aqueles que possuem acesso ao mesmo. Então eu diria que não se trata de arte e sim de pseudoarte. A pseudoarte se passa por arte e é vista como arte, mas não é realmente isso, é uma falsidade que tem aparência artística, mas não conteúdo artístico.



José Braga: A arte se julga autônoma. No seu livro A Esfera Artística - Marx, Weber, Bourdieu e a Sociologia da Arte (Porto Alegre, Zouk, 2007) o senhor diz que isso é ilusório. A arte não seria uma forma de manifestação da natureza humana e, portanto, não seria sublime? Não seria a sociedade capitalista ou as sociedades de classes que deformaria ela e lhe retirariam o seu caráter sublime? E, sendo sublime, não seria autônoma?



Nildo Viana: A arte não é manifestação da natureza humana. A essência humana é algo que antecede a produção artística. A produção artística pode ser uma das formas de manifestação da natureza humana, pois permite o desenvolvimento das potencialidades humanas, como a criatividade, mas é uma entre outras e pode não ser assim. A produção artística pode ser alienada e, nesse caso, não expressa a natureza humana e sim sua negação. Por conseguinte, a arte não pode ser considerada sublime por este motivo. Sem dúvida, a sociedade capitalista gera o processo de mercantilização da arte e isso faz com que ela perca a possibilidade de manifestar a natureza humana, apesar disso continuar ocorrendo em certos casos. Uma música trivial é produzida para gerar dinheiro e não para produzir algo significativo para os seres humanos. Uma música produzida para ter um significado emancipatório é algo que pode ser considerado belo. Mas em nenhum dos dois casos se tornou “sublime”, pois são produtos humanos, históricos e sociais. Não há motivo para considerá-la superior à outras atividades humanas e ela carrega em si tanto a grandeza quanto a pequeneza de todos os produtos humanos. A arte no capitalismo se torna um produto da especialização e da divisão social do trabalho. Emerge, na sociedade capitalista, a esfera artística e a produção artística deixa de ser uma das diversas atividades dos seres humanos e passa a ser atributo de determinados indivíduos, os chamados “artistas”, e estes, por sua vez, tendem a supervalorar sua atividade (assim como os cientistas fazem com a ciência, os matemáticos com a matemática, os juristas com o direito, etc.). É daí que vem a ideia da arte ser sublime, supervalorando uma atividade humana que foi concentrada em especialistas e assim surge os discursos e ideologias que lhe atribuem uma “superioridade”. Numa sociedade autogerida, pós-capitalista, a arte será uma atividade humana generalizada e não domínio de especialistas e assim será uma forma de manifestação da natureza humana. Nesse sentido, ela não é sublime e nem autônoma. Ela pode se autonomizar no capitalismo com o processo de expansão da divisão social do trabalho, mas numa sociedade autogerida, seria reinserida no conjunto de atividades humanas e perderia essa ilusão de autonomia absoluta. Sendo assim, ela não é nem sublime, nem autônoma.



José Braga: A arte não é uma necessidade humana?



Nildo Viana: Ela é uma das formas de manifestação de certas necessidades humanas, mais exatamente a práxis. Ela, em si, não é uma necessidade humana. É um meio, assim como outros, de manifestar determinadas necessidades.



José Braga: Para que serve a arte?



Nildo Viana: A arte deveria servir para manifestar a práxis, o desenvolvimento das potencialidades humanas, a criatividade. Isso é o que deveria ser. Na sociedade capitalista, ela passa a servir para outras coisas: gerar dinheiro e lucro, competição social, etc. Isso depende de quem está usando a arte. Um artista pode produzir arte para seu prazer pessoal, para obter fama e/ou dinheiro, etc. Um capitalista pode distribuir arte para obter lucro. Logo, a arte pode servir para várias coisas, de acordo com os interesses e pessoas relacionadas com ela.Uma parte da produção artística serve para manifestar a práxis, que é a arte engajada, expressão da luta pela libertação humana.



José Braga: A arte deve contribuir com a emancipação humana, segundo sua paráfrase de Marx no livro A Esfera Artística. Mas o artista, quando produz sua obra e manifesta sua essência, não está fazendo isso? Neste sentido, não basta produzir arte? Ou isto seria fetichismo da arte?



Nildo Viana: O artista quando produz uma obra de arte, pode ou não manifestar um elemento da essência humana. Quando um artista produz arte por gostar e desenvolver sua criatividade e potencialidades, está manifestando um elemento da essência humana. Mas ele pode fazer produzindo algo que é antagônico à própria natureza humana no conteúdo e mensagem de sua obra. Por exemplo, um pintor que é apaixonado pela pintura e o faz por prazer e sem ter intenção de comercializar seu quadro, está manifestando a práxis. Contudo, se ele simplesmente pintou uma paisagem para expressar nela a beleza da vida, está fazendo apologia de uma sociedade que destrói a vida de milhões e impede a quase totalidade da população de poder realizar esse tipo de manifestação. Logo, não basta fazer arte por gostar e para desenvolver suas potencialidades para que ela sirva para a luta pela emancipação humana, é necessário partir da perspectiva do proletariado e que o conteúdo não seja uma apologia dessa sociedade. Esse não é um problema da arte e sim da sociedade na qual a arte é produzida, ou seja, é um problema do capitalismo. Brecht expressou isso bem ao colocar que a sociedade capitalista torna a pintura de uma árvore um crime. Por qual motivo, no capitalismo, pintar uma árvore é um crime? Por ter um significado determinado nessa sociedade, o descompromisso com a luta pela transformação radical da sociedade e, por isso, é um crime. Um ser humano não pode se dar ao luxo de pintar uma árvore deixando de lado os problemas humanos postos por essa sociedade e nem pensar que basta produzir arte, pois é preciso produzir arte engajada. Claro que isso não quer dizer que tudo o que um artista faz deve ser, imediatamente engajado. Um músico, por exemplo, pode fazer músicas com mensagens críticas e fazer algumas sem teor crítico, pois é a totalidade da sua produção musical que importa para avaliar seu engajamento. Produzir somente músicas sentimentalistas é condenável, pois produzir uma música para expressar sentimentos pessoais, ao lado de outras marcadas por crítica social, não é condenável. Assim, pensar que a arte é um fim em si mesma é equivocado e se iludir com a ideia da arte pela arte é fetichismo da arte.



José Braga: Marx, Weber e Bourdieu aparecem no seu livro sobre esfera artística. Durkheim não aparece, por qual motivo, ele não tem nada a dizer sobre arte, apesar de ser considerado um clássico da sociologia?



Nildo Viana: O Durkheim não produziu obra significativa sobre arte, que não era um dos seus temas de análise. Mas o motivo pelo qual ele não apareceu, bem como inúmeros outros sociólogos que produziram sobre arte (mesmo não sendo clássicos), é devido aos objetivos do livro. O livro não visava discutir sociologia da arte e sim uma determinada concepção de arte e focalizando a esfera artística e os autores mais importantes e significativos para tal discussão eram Marx, Weber e Bourdieu. Marx abordou a divisão social do trabalho, Weber trabalhou com a ideia de esferas e Bourdieu com a ideia de campo, que são elementos mais gerais que contribuem com a compreensão da arte na sociedade capitalista e além disso fizeram apontamentos sobre arte e contribuíram diretamente com a discussão sobre esfera artística.



José Braga: Os movimentos artísticos possuem alguma ligação direta com os movimentos políticos? O expressionismo alemão tinha algo a ver com as lutas operárias na Alemanha? Haveria uma tendência operária na "nova objetividade" no cinema alemão? E em outros casos, em outros países?



Nildo Viana: Alguns movimentos artísticos são esteticistas e, por conseguinte, são distantes dos movimentos políticos. Outros, no entanto, possuem proximidade com determinados movimentos ou até mesmo organizações políticas (partidos, grupos, etc.). O expressionismo alemão foi um produto da luta de classes na Alemanha e assumiu uma posição de crítica social e perspectiva do proletariado, de forma mais direta no caso de determinados coletivos formados no bojo da Revolução Alemã (Grupo de Novembro, Conselho dos Trabalhadores de Artistas de Berlim, Liga de Artistas Revolucionários, Grupo Vermelho), embora tivesse outras tendências anteriores. Eu apresentei uma reflexão sobre o expressionismo em geral e principalmente em sua manifestação cinematográfica no livro A Concepção Materialista da História do Cinema (Porto Alegre: Asterisco, 2009). A chamada Nova Objetividade é um movimento que conheço menos e penso que seria necessário uma pesquisa para o compreender melhor. Alguns colocam de George Grosz como representante desse movimento (apesar de outros o colocarem como expressionista) e, sendo assim, poderíamos dizer que ele encarnava a perspectiva do proletariado no interior de tal movimento. No caso do cinema, o mesmo problema persiste, pois alguns consideram Metrópolis, de Fritz Lang um filme expressionista e outros afirmam que é representante da Nova Objetividade. No entanto, não penso que no cinema se possa colocar que existiram filmes partindo da perspectiva do proletariado. Porém, considero que isso precisa ser aprofundado e se analisar mais profundamente a relação do expressionismo com a nova objetividade e inclusive entender se esse último foi realmente um movimento artístico. Nos demais países e épocas existiram aproximações entre movimentos artísticos (mais precisamente setores no seu interior) e determinadas organizações ou concepções políticas, tal como a relação entre Brecht e o Partido Comunista Alemão ou entre André Breton, representante do surrealismo, e Trotsky. O chamado “realismo poético” francês se aproximou do movimento operário (e não de um movimento político específico), bem como o realismo, na Rússia, estava atrelado ao aparato estatal.



José Braga: No seu texto há uma crítica ao neo-realismo italiano. Por qual motivo?



Nildo Viana: O neo-realismo italiano é criticado por causa do realismo vinculado com uma determinada posição política. O filmes neo-realistas não mostram a utopia, a possibilidade de transformação. Mostram a miséria, a pobreza, os problemas sociais. Não mostram a luta e a utopia. Por isso são conformistas e não podem ser interpretados como filmes engajados. Isso tem a ver com a situação política italiana, do pós-Segunda Guerra Mundial e posição moderada do Partido Comunista Italiano e as alianças políticas da época, fazendo com que o bloco progressista se vinculasse com o proletariado de forma artificial e sob o signo do neo-realismo. Além disso, o neorrealismo italiano reproduz o problema da concepção estética realista, gerada pelo pseudomarxismo e que aponta para uma concepção de arte que não parte da perspectiva do proletariado.



José Braga: O tropicalismo, tal como coloca em seu livro O Tropicalismo - A Ambivalência de um Movimento Artístico (Rio de Janeiro, Corifeu, 2007) é ambivalente, sendo simultaneamente esteticista e crítico. Desta forma, a análise de um movimento artístico é bem mais complexa do que a mera tentativa de interpretação de sua produção. Quais são os elementos que se deve ter em vista para tal análise?



Nildo Viana: Eu coloco nesse livro, no primeiro capítulo, uma discussão sobre questão de método no caso de análise de músicas. Um dos elementos é entender que para compreender um movimento artístico é preciso entender a sua produção cultural. Porém, para entender tal produção cultural é preciso entender o contexto histórico, a situação dos seus adeptos no interior da esfera artística ou de sua subesfera específica (no caso do tropicalismo, a subesfera musical), entre outros aspectos. Em nível mais geral, é necessário uma base teórico-metodológica (método dialético e teoria do capitalismo, bem como teorias de fenômenos mais específicos, como as esferas sociais) e um material informativo para poder realizar a análise e compreensão de determinado movimento.



José Braga: O Senhor vislumbra algum movimento artístico revolucionário hoje? Existe algum com o qual o Senhor se identifica? Ainda existem movimentos artísticos? Caso não, qual é a força desta expressão, para que serve?



Nildo Viana: Não conheço nenhum movimento artístico revolucionário na contemporaneidade. As derrotas das lutas operárias e estudantis do final dos anos 1960 fez emergir o pós-vanguardismo (o equivalente do pós-estruturalismo nas ciências humanas e filosofia) e isso gerou uma predominância do subjetivismo e outras ideologias e concepções, como o neoindividualismo (e mais tarde, o neoliberalismo). O novo regime de acumulação que se instaura nesse momento, o regime de acumulação integral, torna o pós-vanguardismo hegemônico e os movimentos artísticos perdem as bases sociais necessárias para sua existência, pois ao lado desse processo há uma crescente mercantilização das relações sociais e da arte. Nesse caso, a arte é relativizada, os artistas se tornam mais individualistas, e movimentos artísticos deixam de surgir e ganhar força. Por conseguinte, considero que não existem movimentos artíticos hoje, pois eles são ligados a ideia de vanguardas artísticas, que é marginalizada. Alguns esboços existem, mas são muito fracos e sem maior força, o que é reforçado com a falta de projetos alterantivos de sociedade que tenham grande ressonância social, expressando o que alguns chamaram de “crise da utopia”. No caso de movimentos artísticos do passado, o expressionismo, o realismo poético francês, parte do surrealismo, são alguns que eu citaria como mais próximo do meu gosto e valores. A expressão “movimentos artísticos” tem dupla importância. Como todo conceito, ele expressa uma realidade mutável e por isso existiram movimentos artísticos e hoje praticamente não existe. Isso significa que tem um valor histórico, assim como o conceito de “feudalismo” ou “socialismo utópico”. Contudo, além do valor histórico, ele tem a capacidade de explicar um fenômeno social que hoje está ausente, mas que pode retornar e assim volta a ser necessário o seu uso, não apenas para a análise da história passada e sim para a análise do presente.



José Braga: A arte pode ser ideológica? Pode trazer ilusão como no pensamento ideológico, na perspectiva marxista?



Nildo Viana: Eu considero que não é possível a arte ser ideológica, devido o significado do conceito de ideologia. Ideologia é um sistema de pensamento ilusório e a arte não expressa pensamentos sistematizados. Uma pintura, um filme, uma música, pode até repassar ideologemas, fragmentos de ideologia, mas não uma ideologia em sua totalidade. A arte cumpre uma função conservadora mais através dos valores que repassa do que as ideias em si. Nesse sentido, eu chamaria axiologia, uma determinada configuração de valores dominantes. Foi justamente para entender as obras de arte que desenvolvi uma análise marxista dos valores. Sobre a questão da ilusão, é preciso entender que a arte não busca dizer o que é a realidade (essa é a pretensão da ciência, da filosofia, da teoria, etc.). Mas ela pode repassar elementos ilusórios, ideologemas.



José Braga: Existe algum critério objetivo para avaliar uma obra de arte? Para me dizer se Lima Barreto é melhor ou pior que Machado de Assis?



Nildo Viana: Eu discuti essa questão no livro Os Valores na Sociedade Moderna. A avaliação de uma obra de arte é um processo de valoração. A partir de determinados valores, temos determinada avaliação. No entanto, os valores não são equivalentes. A distinção entre axiologia e axionomia expressa justamente essa diferença de valores. A axiologia expressa os valores dominantes e logo o processo de valoração derivado é negativo. A axionomia expressa os valores autênticos, correspondentes à natureza humana e à perspectiva do proletariado, e por isso fornece as bases para um processo de valoração mais adequado. Porém, a concepção marxista aponta para o entendimento da obra de arte como uma totalidade e além dos valores é necessário uma fundamentação teórica e metodológica nesse processo de valoração. Uma obra de arte é uma totalidade e o seu conteúdo é o elemento fundamental, mas o aspecto formal não pode ser descartado. A arte fascista, por exemplo, é ruim tanto na forma quanto no conteúdo. As músicas triviais também tendem a ter essa mesma característica. Agora comparar Lima Barreto e Machado de Assis é algo diferente de avaliar as obras que eles produziram ou obras específicas de cada um. Sem dúvida, Lima Barreto produziu uma obra axionômica sem ambiguidade e Machado de Assis produziu obras interessantes, mas sua perspectiva nem sempre é clara. Entao é possível, numa avaliação preliminar e não embasada em pequisa (o que pressupõe ter acesso ao conjunto da obra dos dois literatos comparados, por exemplo) apontar qual seria melhor, mas é algo que precisa ser fundamentado para perder o seu caráter preambular.



José Braga: O Senhor já tentou fazer alguma obra de arte? Se sim, qual?



Nildo Viana: Sim. Eu já escrevi contos e poesias e composição de músicas. A maioria dos contos estão no livro O Doutor e outros contos incorretos. Em matéria de músicas, foram várias e quase todas em coautoria com Edmilson Marques, tal como Marionete Consciente, O Bom Burguês, Meu Amigo João, entre outras.



José Braga: Qual é a diferença entre fazer arte e pesquisar arte?



Nildo Viana: A diferença é que são formas de produção intelectual distintas. Fazer uma letra de música, escrever um conto, pode ser extremamente prazeroso, bem como escrever um texto teórico no qual se expõe uma descoberta. No entanto, são processos distintos. Muitas vezes a poesia, o conto, a ideia de uma história em quadrinhos vai surgindo e adquirindo forma, enquanto que o trabalho teórico pressupõe pesquisa e é mais longo. Pesquisar arte é bom quando quem pesquisa gosta de arte. Fazer arte é algo que todos os seres humanos deveriam concretizar, desde que não seja sob forma alienada, pois é práxis. E a práxis pode ser ponto de partida para a uma práxis revolucionária, ao perceber que essa sociedade é um obstáculo para sua realização.
-------------


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *

Acompanham este blog: