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sábado, 25 de julho de 2015

Nova Edição de Manifesto Autogestionário



Acaba de ser lançada uma nova edição do livro Manifesto Autogestionário.

Abaixo dados e textos de orelha e contracapa.

VIANA, Nildo. Manifesto Autogestionário. 2a edição, Rio de Janeiro: Rizoma, 2015.



Contracapa do Manifesto Autogestionário


A autogestão é a essência da sociedade comunista. As relações de produção comunistas só podem existir com base na autogestão do processo de produção e distribuição e com sua generalização para o conjunto das relações sociais, abolindo o estado, o capital, o mercado, a divisão social do trabalho. A autogestão social generalizada significa uma transformação radical, mais drástica do que significou a passagem do feudalismo para o capitalismo, ou do escravismo para o feudalismo, pois significa a substituição de uma sociedade de classes para uma sociedade sem classes. O Manifesto Autogestionário é um grito de guerra em defesa desta transformação, e, como todo manifesto, é uma arma de luta que não pode poupar nada. Daí a crítica da sociedade burguesa, do capital, do estado, da burocracia, do pseudomarxismo e diversas tendências políticas existentes. Além da negação, há também a afirmação, de novas relações sociais, fundadas na autogestão social. E a autogestão só pode ocorrer através da autogestão das lutas pelo proletariado e seus aliados. Através da burocracia, da alienação, da escravidão, só se reproduz a burocracia, a alienação e a escravidão. Somente através da autogestão das lutas sociais se pode chegar à autogestão social.

Orelha do Livro Manifesto Autogestionário

A liberdade é um sonho que acompanhou a história da humanidade. Não se trata de um sonho eterno e que sempre existiu, pois a luta pela liberdade só surge quando ela fica ausente. O surgimento da sociedade de classes marca o nascimento da exploração e dominação que enclausuram os seres humanos em suas próprias criações sociais. Os seres humanos criam deuses, mercado, dinheiro, propriedade privada, estado, igrejas, partidos políticos, instituições, para suprimir sua própria liberdade. Alguns se sentem à vontade na prisão social instaurada, tal como a classe dominante e suas classes auxiliares. A emergência da sociedade capitalista significa uma nova forma de prisão, escura e asfixiante. A classe capitalista e a burocracia se sentem à vontade nessa prisão, pois é dela que vem sua força e eles assumem o papel de carrascos e carcereiros. Assim como uma prisão traz doenças e destruição, o domínio do capital traz graves desequilíbrios psíquicos, miséria, destruição ambiental, entre diversos outros efeitos que marcam um capítulo nefasto da história da humanidade, no qual nunca se produziu tantos bens materiais e nunca se destruiu de forma tão avassaladora; nunca o desenvolvimento tecnológico foi tão intenso e nunca seu uso foi tão egoísta e limitado. O capitalismo é uma sociedade fundada na exploração e na dominação, cujo objetivo da produção é o lucro e não a satisfação das necessidades humanas. A dinâmica da acumulação capitalista mostra o caráter destrutivo do capitalismo, sempre ávido em cada vez mais acumular, sugando o sangue dos trabalhadores, esgotando as energias psíquicas dos indivíduos, degradando o meio ambiente com um processo de extração sem fim para a produção de bens supérfluos que geram lucro e com o lixo dos produtos descartáveis produzidos. Porém, isto tudo gera sua negação. A negação do capitalismo é expressa principalmente no proletariado, bem como em outras classes exploradas e setores da sociedade. A luta operária promove um avanço no sentido da auto-organização e autoformação, preparando os trabalhadores para a revolução proletária e a libertação humana das garras do capitalismo. A autogestão das lutas é a prefiguração da autogestão social. A utopia autogestionária é um sonho realizável, possível, cuja possibilidade está dada, faltando apenas este processo de luta para desencadear sua realização. Neste sentido, todos devem lutar, em todos os lugares. A luta é uma necessidade para aqueles que entenderam a exigência humana de uma transformação radical da sociedade e que a autogestão social é a única alternativa viável para a humanidade. Esta luta é ampla e radical, tal como seu objetivo, no sentido da liberdade. É, inclusive, uma luta contra si mesmo, contra a cultura, valores, mentalidade, sentimentos, todos herdados da sociedade capitalista, fundada na competição, mercantilização e burocratização. Assim, o que importa não é o que o indivíduo faz de si e sim o que faz daquilo que fizeram dele, tal como já dizia Sartre. A sociedade autogerida é uma forma radicalmente diferente de viver e daí muitos possuem dificuldade até de pensá-la. As experiências históricas já mostraram sua possibilidade e algumas de suas características, bem como a teoria revolucionária produzida por alguns pensadores, inclusive se baseando em tais experiências, como Marx, Pannekoek e outros. O Manifesto Autogestionário aborda estas questões, mostrando a dinâmica do capitalismo e suas contradições, a ameaça da contrarrevolução burocrática, a autogestão das lutas operárias, o papel dos militantes autogestionários e algumas características da futura sociedade autogerida. Sendo assim, é uma arma de luta, que, juntamente com milhares de outras, empunhadas por seres humanos que querem a libertação humana, deve contribuir para a realização da autogestão social.

Onde adquirir?

http://rizomaeditorial.com/store/index.php?route=product/product&product_id=524

http://www.estantevirtual.com.br/b/nildo-viana/manifesto-autogestionario/3943229990

http://www.amazon.com/Manifesto-Autogestion%C3%A1rio-Portuguese-Edition-Nildo-ebook/dp/B010GUXNB6

E em outras livrarias.


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